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Interdição do Matadouro Municipal de Lagarto atinge marchantes da região Centro-Sul
7 de fevereiro de 2018 - 05:00, por Marcos Peris
Portal Lagarto Notícias
O último sábado (3) foi o derradeiro dia para que os marchantes de Lagarto e região abatessem o gado no Matadouro Municipal de Lagarto, uma vez que uma determinação judicial expedida pelo Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ/SE) sentenciava a interdição do prédio até o respectivo dia. Com a medida, logo cresceu a expectativa referente ao aumento do preço da carne, como também dos prejuízos causados aos marchantes e trabalhadores do matadouro.
Diante disso e da obrigatoriedade de abater o gado no sábado, os marchantes do povoado Tanque Novo, zona rural de Riachão do Dantas, que também faziam uso do matadouro lagartense, viram os seus produtos estragarem e foram obrigados a queimá-los em praça pública. A queima ocorreu na última segunda-feira (5), na frente do Mercado de Carnes e Miúdos do citado povoado.
https://youtu.be/nskMw2UZXXs
Antes da queima, o vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde de Riachão do Dantas, Sidicley Fonseca, que esteve no local, informou que os marchantes tinham conhecimento do fechamento do matadouro de Lagarto e que somente aceitaram a proposta do abate com a garantia de que o material permaneceria em uma câmara fria até a última segunda-feira, quando as carnes seriam comercializadas.
“Mas quando eles chegaram ao mercado, pela manhã, se depararam com a carne nessa situação. E eles acham que as carnes não ficaram armazenadas adequadamente em uma câmara fria”, acrescentou Fonseca, ao recordar que alguns consumidores foram devolver as carnes após a compra. “Diante desta situação nós queremos uma explicação dos responsáveis para que nossos comerciantes não passem por isso novamente”, concluiu.
Após o ocorrido, a Prefeitura Municipal de Riachão do Dantas emitiu uma nota oficial informando que nada tem a ver com a situação, pois a mesma possui um convênio com a Prefeitura Municipal de Lagarto para o abate do gado riachãoense. “A realização da matança, em razão do mencionado convênio, é de inteira responsabilidade do Município de Lagarto, através de seu Matadouro”, destaca.
Em contato com o secretário Municipal da Comunicação Social, Aloísio Andrade (Prefeitinho), a reportagem foi informada que o Município não foi notificado sobre o caso. Além dele, a reportagem buscou esclarecimentos junto ao secretário Municipal da Agricultura, Flamarion Déda, o qual comunicou que também não recebeu nenhuma informação sobre o caso, acrescentado que a Câmara Fria do Mercado José Correa Sobrinho destina-se a abrigar somente as carnes dos marchantes que possuem um espaço naquele local.
“Não sei o que fizeram com a carne após o abate, pois a administração do matadouro é independente”, comentou Déda.
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