Fornecedores da merenda escolar estão na bronca com a Prefeitura de Lagarto

29 de dezembro de 2017 - 05:00, por Marcos Peris

Portal Lagarto Notícias

No começo desta semana, a Cooperativa Agroindustrial de Lagarto (Cooperlagarto), responsável por fornecer parte da merenda escolar para as escolas municipais da cidade, publicou um comunicado informando que a Prefeitura Municipal de Lagarto não está cumprindo com um contrato firmado em junho deste ano, o que tem deixado os produtores no prejuízo. Segundo Ernani de Oliveira, presidente da Cooperlagarto, a dívida em atraso gira em torno dos R$ 118 mil.

De acordo com o comunicado, a dívida é fruto das entregas de merendas escolares realizadas nos dias 25, 26 e 27 de setembro, e 17, 18 e 19 de outubro do corrente ano. A categoria ainda informa que deste a última entrega que a Prefeitura não solicitou mais nenhum fornecimento de produtos agrícolas para a merenda escolar. Vale lembrar que o contrato assinado atende a cota de 30% para a inclusão de produtos da agricultura familiar na merenda escolar.

Comunicado divulgado a sociedade lagartense

“Nós nos reunimos com o prefeito na última sexta-feira e ele disse que o pagamento seria realizado nessa quarta-feira, mesmo que somente uma parte, mas nesse dia somente depositaram R$ 1 mil. Então nós falamos com o secretário de Finanças e ele disse que ontem chegaram a gastar quase R$ 700 mil em compras emergenciais para a merenda”, disse o presidente da Cooperlagarto acrescentando que o débito existente tem prejudicado cerca de 50 famílias cooperadas.

A reportagem contatou a secretária Municipal de Educação, Vanda Monteiro, a qual informou não ter conhecimento sobre o assunto ou qualquer atraso, mas comentou: “O problema é que licita um valor e eles acham que temos que comprar tudo”, disparou.

Mas em contato com o secretário Municipal de Finanças, Anderson de Oliveira, a reportagem foi informada que os recursos destinados ao pagamento dos cooperados foram gastos para suprir a merenda escolar de 2016, uma vez que devido as greves ocorridas em 2016, aquele o ano letivo encerrou em meados de março de 2017.

“Então o que houve é que gastamos o recurso de 2017 para gastos de 2016. Mas já me comprometi com eles em ir matando essa pendência a partir do réveillon”, assegurou o secretário Municipal de Finanças.