Em protesto, feirantes de Lagarto paralisarão as suas atividades na próxima segunda

13 de junho de 2017 - 17:35, por Marcos Peris

Portal Lagarto Notícias

Os feirantes do município de Lagarto paralisarão as suas atividades na próxima segunda-feira (19), podendo deflagrar uma greve geral no mesmo dia. A decisão foi aprovada por unanimidade em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (13), no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lagarto (Sintraf).

Os presentes também aprovaram realizar uma manifestação com destino a sede da Prefeitura Municipal de Lagarto

Os presentes também aprovaram realizar uma manifestação com destino a sede da Prefeitura Municipal de Lagarto

De acordo com o advogado e representantes dos feirantes do município, André Kazukas, o principal motivo da paralisação é ausência de um diálogo entre o poder executivo lagartense e os referidos comerciantes, que almejam que a publicação do edital de licitação dos boxes do Mercado Municipal José Corrêa Sobrinho seja individual.

“Os feirantes querem ser ouvidos. Nós estamos aguardando uma reunião com o Município, que foi marcada para ser realizada há 15 dias atrás, mas que ainda não ocorreu. E o grande medo deles é que a Prefeitura abra um edital de licitação que conceda a administração do mercado a uma empresa, que alugaria os boxes aos marchantes. Então a empresa teria uma grande margem de lucro, enquanto os feirantes se tornariam escravos da mesma”, acrescentou o advogado.

Para André Kazukas, o aluguel dos boxes geraria uma alta nos preços dos produtos de necessidades básicas

Para André Kazukas, o aluguel dos boxes geraria uma alta nos preços dos produtos de necessidades básicas

Kazukas ainda argumentou que o aluguel dos boxes de carne, que custaria mensalmente R$ 1.300,00, obrigaria o município de Lagarto a obter uma alta nos preços dos produtos de necessidades básicas, gerando uma dependência econômica e a impossibilidade dos comerciantes darem continuidade aos trabalhos desenvolvidos.

“A principal preocupação dos feirantes é que eles não consigam pagar o aluguel a empresa. Só para ter uma ideia, o aluguel de um boxe de carne vai custar R$ 1.300,00 mensalmente, enquanto a compra do boxe custaria R$ 12.000,00 para ser explorado por 30 anos. Se fizermos um cálculo veremos que eles trabalharão uma vida somente para pagar o aluguel”, justificou o representante dos feirantes.

Ainda na assembleia, o secretário de Administração do SINTRAF, Evandro Silva, defendeu a paralisação desde que essa obtivesse a unidade entre os comerciantes. “Quando vocês fazerem isso com amor, o prefeito não vai aguentar a pressão e vai dialogar com vocês”, discursou o sindicalista.

A ação também contou com a presença de vereadores dos grupos oposicionista e situacionista, que também proferiram palavras de apoio a manifestação da próxima segunda-feira. “Com essas ações, nós esperamos uma decisão das autoridades que não nos prejudique e que nem prejudique a população. Nós informamos a Justiça que a nossa decisão era pela licitação individual, mas até hoje não obtivemos nenhuma resposta”, declarou a feirante Chaiana Andrade.

Secretário desmente André Kazukas

Em entrevista, o secretário Municipal da Comunicação Social, Aloísio Andrade (Prefeitinho), desmentiu o advogado André Kazukas quando este diz que não houve diálogo por parte da Prefeitura. “Quando ele diz que tenta o diálogo diversas vezes com o Município, ele falta com a verdade, porque está registrado nos anais fotografias dele e dos feirantes participando de reuniões com o prefeito. Sem falar que também houveram reuniões com o Ministério Público e que o assunto também foi tratado na Câmara de Vereadores”, argumentou Prefeitinho.

Secretário afirmou que a paralisação não foi falta de diálogo, mas por algum outro motivo

Secretário afirmou que a paralisação não foi falta de diálogo, e disse que a feira deve acontecer normalmente

O Secretário também falou que todas as instâncias de poder estão comprometidas com a causa, que o poder público municipal não deu motivos para a paralisação, além de ressaltar que a Prefeitura Municipal de Lagarto ainda não tomou alguma decisão sobre a forma como será deflagrado o processo licitatório.

“Então se eles querem paralisar, o prefeito respeita, sem nenhum problema. Mas não tenho dúvidas de que a feira vá acontecer normalmente, porque muitos feirantes não pensam como eles. Em nossas reuniões pudemos observar que são poucas pessoas que pensam desta forma. A gente respeita o direito das pessoas reivindicarem os seus direitos, mas também respeitando as limitações do Município”, concluiu o secretário Municipal da Comunicação Social.

André Kazukas diz que secretário se contradiz

Após a veiculação desta reportagem, o advogado dos feirantes, André Kazukas, entrou em contato com o Lagarto Notícias. Na ocasião, o mesmo lembrou que o prefeito apenas recebeu os feirantes uma única vez, sem ouvi-los. Em seguida, o líder do Governo, vereador Fabio Frank, havia se comprometido em agendar uma outra reunião, que ocorreu na presença de todos os vereadores.

“Depois disso não houve qualquer abertura de diálogo por parte da Prefeitura Municipal de Lagarto, o que contradiz o prefeito e o líder da situação em seus compromissos firmados”, argumentou Kazukas.

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