Pouco mais de sete meses desde sua entrega, a unidade regional Nourival de Silva Santos, do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado (Ipesaúde), já contabiliza mais de 17.500 atendimentos – dentre procedimentos médicos e administrativos – e se consolida como uma dos espaços modelo do Instituto. Localizada em Lagarto, a regional atende toda a região centro-sul sergipana.
Inaugurada em 09 de setembro de 2016, com investimento de R$350 mil, desde então, se reedificou com a implantação de novos serviços, recredenciamento de clínicas privadas – com a finalidade de acabar com a limitação de agenda, teto e cotas – e com a parceria inédita entre o Governo do Estado e o Campus da Saúde da Universidade Federal de Sergipe, o que possibilita o atendimento de pacientes por uma equipe técnica altamente qualificada.
São oito especialidades médicas, atendimento odontológico, fisioterapia, terapia ocupacional, enfermagem, centro de reabilitação com piscina, além dos serviços administrativos de marcação de exames eletivos, renovação e outros procedimentos dirigidos aos beneficiários.
“A unidade do Ipes em Lagarto conta com os melhores profissionais de medicina do estado de Sergipe, que foram triados dentro de um dos concursos mais concorridos da Universidade Federal. São esses os profissionais que atendem o paciente do Ipes de Lagarto, as pessoas tem que saber disso e ter orgulho”, comenta o presidente do Ipesaúde, Christian Oliveira.
A parceria com a UFS tem rendido bons frutos para as duas instituições, como explica Christian. “A parceria saiu melhor do que a gente imaginava, pois permitiu que a UFS de Lagarto desse segmento ao projeto de implantação do curso, que está indo para o seu sexto ano de atividade, e o Ipes ampliasse a sua prestação de serviço com médicos mais do que qualificados, tão qualificados que a faculdade de Medicina de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe foi eleita pelo Ministério da Educação como a melhor faculdade de Medicina de Sergipe. Isso nos deixa muito orgulhosos porque a gente vê que tem o dedo do Ipes, que a gente é parte desse reconhecimento”.
O gestor adianta que está em negociação com a UFS para ampliar o atendimento em Lagarto e que o modelo de unidade-escola será implantado nas regionais de Estância e Itabaiana. “Eu acho que a gente acertou com essa parceria em Lagarto e esse modelo vai continuar assim, vamos expandir para outras regionais. Já temos entendimento para Estância e para Itabaiana. Em Lagarto, vamos ampliar o quantitativo de atendimentos por médico. Obviamente, como se trata de um atendimento de escola, existe uma certa limitação, não dá para a gente exigir que professores e alunos atendam um grande quantitativo, até porque eles tem aula durante o atendimento, explicações a mais. Estamos em negociação com a universidade para passarmos para dez atendimentos por especialidade ao dia [Hoje são realizados oito]. À medida também que a faculdade for crescendo e contratando novos professores, a gente já tem o entendimento de que esses profissionais serão incorporados ao serviço do Ipes”, informa.
Além da parceria com a Universidade, a gerente do Ipesaúde de Lagarto, a enfermeira Hélia Roque, credita o êxito obtido pela unidade aos preceitos de humanização e resolutividade instaurados pela gestão do Ipesaúde.
“Antes, os usuários do Ipesaúde de Lagarto tinham uma demanda muito reprimida quanto aos atendimentos. Com a política de saúde do Governo do Estado, de promover humanização, mais resolutividade e fazer com que as pessoas que procuram a unidade possam ser de fato atendidas aqui, sem precisar de deslocamento para Aracaju, o serviço passou por uma grande transformação e tem sido muito bem conduzido. O nosso entendimento é de tratar a saúde com humanização, decência, de forma comprometida, inovadora e no sentido de fazer realmente a diferença na vida do paciente”, explica Hélia.
Desde muito cedo, Alexandre Andrade Santana, portador de paralisia cerebral, tem acompanhamento médico. Mas foi no centro de reabilitação do Ipesaúde de Lagarto que o jovem de 25 anos e sua família encontraram acolhimento e incentivo para que Alexandre lutasse em busca de autonomia.
“Os profissionais acolheram muito bem meu filho. Ele já fez e faz tratamento em outros lugares, mas percebo que aqui ele se esforça mais, diz que quer caminhar e então as fisioterapeutas puxam mais dele. Ele não tem autonomia, eu que faço tudo. Mas, desde que ele iniciou o tratamento no Ipes, eu tenho esperança de que ele consiga ter mais independência, por causa dessa vontade que plantaram nele”, afirma Angelino Reis de Santana, pai de Alexandre.
Pela primeira vez em atendimento fisioterápico na unidade, a professora aposentada Lindete Santos Matos, elogiou a estrutura do centro de reabilitação e o atendimento da equipe. “Vim para cá por causa da artrose e estou sendo muito bem atendida. Só tenho a elogiar o serviço”.
Opinião compartilhada com a também aposentada Maria Belizana Fonseca de Souza. “O atendimento é ótimo, melhor de que em muita clínica particular, a equipe é muito boa, comprometida e todos são muito cuidadosos com a gente”, esclarece.
No último período do curso de Fisioterapia, o estudante Lívio Mateus, disse que o estágio tem oportunizado grande aprendizado. “O estágio aqui é de 25 dias úteis, eu já estou na minha terceira semana e o que eu posso dizer é que a prática na unidade tem sido muito boa, principalmente pelo material, a organização do serviço e os pacientes. A assiduidade dos pacientes é um ponto extremamente positivo porque garantem o acompanhamento de maneira correta e também o nosso aprendizado”, finaliza.