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Empresa Transporte Lagartense se diz lesada pela Prefeitura de Lagarto
21 de março de 2017 - 05:25, por Marcos Peris
Portal Lagarto Notícias
A gerente administrativa da Empresa Transporte Lagartense, a popular Translagartense, Daniela Dias, afirmou ao Lagarto Notícias que a transportadora responsável por operar o Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Lagarto (SPTCU) está se sentindo lesada pela Prefeitura Municipal. A afirmação foi feita na última edição da Entrevista da Semana.
De acordo com Daniela, a Prefeitura de Lagarto vendeu a empresa um projeto de transporte coletivo urbano que é totalmente diferente quando colocado em prática, uma vez que a população lagartense não possui o hábito de andar de ônibus. “Hoje em Lagarto, todo mundo sai com o carro, o centro fica congestionado e tudo fica ruim, até para o pedestre”, falou a gerente.
Entretanto, os problemas do SPTCU são bem maiores do que a falta de hábito dos cidadãos em andar de ônibus. Segundo Daniela Dias, após a implantação e operacionalização do sistema surgiram linhas clandestinas, que têm prejudicado a Translagartense.
“Enquanto isso, o município vai negligenciando a fiscalização, pois o papel da Semop é fiscalizar, o que não está acontecendo. No conjunto João Martins tem veículo particular fazendo essas viagens, um dia um cobrador nosso contou cinco viagens dele. Cinco viagens são 20 passageiros. O nosso investimento foi alto, mas estamos sendo lesados”, denunciou Daniela Dias.
Transporte clandestino – é composto por veículos e ônibus sem a devida identificação, que segundo Daniela, fazem rotas para o bairro Jardim Campo Novo e Conjunto João Martins de Menezes.
O contrato – de concessão custou R$ 217 mil para os cofres da Translagartense. De acordo com a gerente da empresa, o contrato estabelecia que a transportadora seria responsável por divulgar o STPCU, enquanto a Prefeitura de Lagarto arcaria com toda a infraestrutura necessária. “Mas até agora eles só colocaram aquela estrutura provisória na Ladeira do Rosário e as placas”, acrescentou Dias.
Retorno – Segundo Daniela, a Translagartense já enviou alguns ofícios a Secretaria Municipal da Ordem Pública de Lagarto, para que esta cumpra com o acordado no contrato, o que inclui a instalação de pontos de parada físicos e o terminal de integração, além da fiscalização dos transportes clandestinos. “Nesse ano, tivemos duas reuniões e enviamos um ofício e eles falaram que já estavam tomando providências no tocante ao moto taxistas clandestinos, quanto aos ônibus nada”, relembrou a gerente.
Veto presidencial – Segundo o ex-secretário da Ordem Pública, Kércio Pinto, o projeto que construiria toda a infraestrutura necessária para a operação do STPCU em Lagarto havia sido aprovado pelo Ministério das Cidades, mas foi vetado pela então presidente Dilma Rousseff (PT) devido ao processo de impeachment, que a afastou definitivamente do Palácio do Planalto.
“Tudo foi liberado e ela contingenciou. Foi até com emenda de Fábio Reis. Agora cabe ao atual gestor correr atrás desse recurso”, falou Pinto, que apresentou desconhecimento quanto a existência de transporte clandestino na cidade.
Versão oficial – Em contato com o Secretário Municipal da Ordem Pública, Adelson Ribeiro, o Lagarto Notícias foi informado que o primeiro está convencendo o Prefeito Municipal, Valmir Monteiro (PSC), a autorizar a compra dos pontos de parada físicos para o STPCU. “Depois de autorizado é coisa rápida: abrimos o processo licitatório, compramos o material, instalamos e melhoraremos a infraestrutura do sistema”, sequenciou o secretário.
Quanto ao transporte clandestino, Adelson Ribeiro reconheceu a existência dos mesmos e afirmou que a sua pasta está fazendo todo o possível para contê-los, mas dentro das possibilidades do Departamento de Trânsito e Transportes Urbanos (DTTU).
“Nós só temos quatro agentes de trânsito e não podemos ficar preso a isso, porque temos uma cidade para fiscalizar. Por isso, sempre pedimos aos denunciantes que tirem uma foto do veículo ou da placa para que possamos tomar as providências cabíveis”
Providência judicial – Daniela Dias ainda falou que se o problema não for resolvido, a Empresa Transporte Lagartense tomará as devidas providências junto ao Ministério Público.