Comerciantes de Lagarto reclamam da falta de moedas em circulação

8 de dezembro de 2016 - 00:40, por Marcos Peris

Portal Lagarto Notícias

“Tem trocado?”, certamente você já ouviu essa expressão de um algum caixa que não tinha moedas suficientes para lhe devolver o troco. Pois bem, essa falta de moedas em circulação no comércio do município de Lagarto tem prejudicado os lojistas do município.

Falta de moedas tem preocupado os comerciantes de Lagarto (Imagem: Fotos Públicas)

De acordo com o popular Nininho da Bolo Bom, vice-presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Lagarto (CDL), a falta da circulação das moedas de 0,10; 0,25; 0,50 centavos e R$ 1 têm gerado constantes reclamações dos empresários.

“O que mais existe é reclamação dos comerciantes sobre a falta de moedas, mas eles nem sabem a quem culpar. Não sabemos se a culpa é do banco; ou do povo, que está guardando; ou da Casa da Moeda que não está fabricando. Então fica complicado achar uma solução”, relatou Nininho.

O empresário também falou que a falta de circulação das moedas têm obrigado os comerciantes a oferecer um produto como troco. “Mas o cliente não quer saber, ele quer a moeda”, disse o empresário.

O problema tem assolado também as casas lotéricas, segundo Márcio Lima, proprietário de algumas casas lotéricas em Lagarto, a falta de moeda obriga os caixas a lidarem apenas com as moedas de 0,25 centavos. “Acho que não estão produzindo moedas suficientes, mas a minha sorte é que tenho alguns parceiros que trocam cédulas por moeda”, comemorou o lojista, que também ressaltou que a falta das cédulas de dois e cinco reais.

A falta de moedas também tem prejudicado Sérgio Gustavo, empresário no setor de entretenimento, que afirmou estar sentindo a falta dos trocados há cerca de dois meses. “Eu já pensei até em aumentar o valor do ingresso para me livrar desse problema, mas o meu setor assiste a classe mais popular da sociedade”, comentou Gustavo.

O motivo

Tanto o vice-presidente do CDL Lagarto quanto os demais comerciantes já citados acreditam que a falta das cédulas se deve a um costume popular de juntar as moedas de menor valor para comprar algo de maior valor. Nininho, no entanto, isenta a Casa da Moeda da sua parcela de culpa.

“Não é que a casa da moeda ache que não tem, ela acha que tem muita moeda circulando. A questão maior é o hábito de guardar a moeda e não trocar”, argumentou Nininho.

Em contrapartida, Márcio Lima sugeriu que as pessoas quebrassem os seus cofres, e trocassem as moedas nos pontos comerciais. “Porque os bancos não fazem muito para ajudar não. Eles nos dizem que sofrem o mesmo problema”, acrescentou Márcio Lima.

Um costume

Seu Ariston Santos, de 71 anos, relatou que está guardando as moedas porque está juntando uma certa quantia para abrir uma poupança com o filho. “Vamos juntar um dinheirinho, depois eu ponho mais alguma coisa e abriremos a poupança”, contou o aposentado.

Já a professora Rita de Cássia, de 36 anos, comentou que prefere não usar moedas porque elas causam incomodo dentro da bolsa. “É muita moeda de pouco valor ocupando muito espaço”, justificou a professora.

Além disso, a professora relatou estar guardando as moedas para gastá-las nas compras de natal. “A gente começa a partir de um certo mês do ano, ai quando o cofre está cheinho, abrimos e compramos algo de maior valor”, falou Rita de Cássia.