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Por meio da Força-Tarefa, Cohidro instala 14 poços no Semiárido
1 de julho de 2016 - 00:02, por Alexandre Fontes
A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) tem feito a instalação de sistemas de bombeamento em poços também perfurados pela Empresa, na zona rural de Canindé de São Francisco, no Alto Sertão sergipano. São 14 poços situados em pequenas propriedades ou em lotes de assentamento de reforma agrária, que terão como função o consumo humano, a dessedentação animal ou a irrigação, onde a água será puxada por bombas movidas à energia elétrica, eólica ou solar. Estas ações são resultado do esforço conjunto da Força-Tarefa de Recursos Hídricos Para o Semiárido, do Governo de Sergipe.
Criada pelo Governador Jackson Barreto, a Força-Tarefa reúne dirigentes, além da Cohidro, da Deso (Companhia de Saneamento de Sergipe), da Adema (Administração Estadual do Meio Ambiente), Ouvidoria Geral do Estado de Sergipe, das secretarias de estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). O Grupo discute e propõe soluções para combater aos efeitos da estiagem sobre às populações da região semiárida, buscando identificar as localidades mais afetadas e com mais urgência de ações.
Presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho explica que a Força-Tarefa se reúne periodicamente e já houveram viagens, como a feita ao Ceará, em maio passado. “Fomos recebidos lá pela SRH (Secretaria dos Recursos Hídricos) que nos levou para conhecer o trabalho realizado pela sua subsidiária, a Cogerh (Companhia de Gestão de Recursos Hídricos). Essa Companhia, lá faz um trabalho que é referência à nível internacional, tanto na obtenção e conservação de água no Semiárido, quanto da gestão desses recursos hídricos, pela forma como delibera o fornecimento de água para o consumo humano, para indústria e para a agricultura”, avaliou.
Assentamento de reforma agrária em Canindé, o Gualté possui 30 famílias assentadas. Uma delas é chefiada pelo casal de agricultores Jailma Pereira de Lima e Orlando Pereira da Silva (Dinho). Em junho, eles iniciaram plantio de horta com cebolinha, coentro, tomate e alface. Também tem um plantio maior de feijão de arranca e noutra parcela, tem capim elefante, uma espécie de gramínea do gênero Cynodon e sorgo, estes últimos plantados para a alimentação de animais que pretende comprar.
Isso tudo só foi possível a partir da instalação do sistema de bombeamento, movido à energia elétrica, em um dos poços perfurado pela Cohidro, que puxa a água até um reservatório que depois é rebombeada para a irrigação. “Logo que saiu a instalação dos poços, a gente tinha um crédito de financiamento de R$ 7 mil. Então investi nas bombas e na irrigação da área, agora plantada. Quero pôr quatro vacas leiteiras e algumas ovelhas usando este capim”, relatou Dinho, sobre o poço de 60 metros de profundidade e vazão de 8 mil litros por hora (l/h), perfurado em sua área e que hoje irriga 1,6 hectares de seu lote no Assentamento.
Paulo Henrique Machado Sobral, diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola na Cohidro, conta que o as equipes da Empresa alternam o modelo do equipamento, conforme for a disponibilidade do local onde fica o poço. “Onde existe acesso às redes elétricas, estão sendo instaladas, com recursos da Companhia, moto-bombas. Onde não há energia ou serão montados cata-ventos, ou bombas movidas à energia solar, a partir de placas de captação fotovoltaicas, todos doados também pela Empresa”, relatou. Noutros casos, como do lote do agricultor Evani Barbosa, a instalação teve que ser adiada até que a eletricidade, conforme foi acordado, seja ligada ao poço com as especificações técnicas necessárias.
Dos 14 poços, oito foram instalados e estão funcionando. Os três primeiros usam da energia eólica para puxar a água do poço, conforme disse o chefe da Divisão de Instalação e Manutenção de Poços (Dipoços) da Cohidro, Roberto Wagner. “O primeiro poço instalado foi também no Gualté, no lote de Cleberton dos Santos onde um cata-vento triangular com torre de dez metros, produz em média uma vazão de 900 l/h. O segundo encontra-se no lote do produtor José Rodrigues dos Santos, que também recebeu a mesma instalação do primeiro poço e produz 800 l/h, mesma quantidade do agricultor Juarez Alves de Matos, do terceiro poço”.
Roberto Wagner informou ainda que no povoado Pedra de Amolar, também em Canindé, foi instalado outro cata-vento, na propriedade rural de Roque Araújo Rios, em um poço de onde se obtêm água na proporção de 840 l/h. Voltando ao assentamento Gualté, no lote de Edmundo Marinho, foi instalado uma moto-bomba submersa ao poço, produzindo em uma vazão de 4.350 l/h. O mesmo se deu nos poços dos também assentados Sebastião Bezerra e José Estevão, só que com bombeamento atingindo 9.840 l/h e 10.500 l/h, respectivamente.