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Programa vai analisar agricultores de perímetro irrigado de Lagarto
13 de maio de 2016 - 09:13, por Marcos Peris
Prestes a entrar em operação no estado, a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) está selecionando municípios sergipanos para a aplicação do programa em que grupos de 20 agricultores irão receber, por dois anos, atendimento técnico individualizado e capacitações coletivas na gestão técnica econômica de propriedades rurais. Serão três ramos de produção agrícola os atendidos em Sergipe: o de gado de leite, o Programa Sertão Empreendedor em parceria com o Sebrae e da Citricultura, também na área da Horticultura.
O Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em Lagarto, dispõe de número de produtores irrigantes suficientes para compor um destes grupos atendidos pela ATeG voltada à horticultura, tanto na convencional quanto na orgânica, defende a gerente do polo agrícola, Gilvanete Teixeira.
“Atendemos 421 agricultores com irrigação e parte considerável deles se dedicam à produção de hortaliças. Temos agricultores convencionais que utilizam produtos químicos, os que têm intenção de parar o uso e os que já são orgânicos”, disse a gerente.
Para Gilvanete, um grupo considerável de agricultores poderia ser formado, basta reunir os orgânicos com aqueles que têm a intenção de fazer a conversão para o método agroecológico. “Vamos repassar ao Senar-SE uma lista com os agricultores propensos a receberem a atenção do projeto”, informou.
Hoje existem 11 produtores com registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Perímetro Piauí, que formam um Organismo de controle Social (OCS) com autorização à venda direta de alimentos sob a especificação de orgânicos.
A possibilidade de o Piauí ser inserido no projeto da ATeG se deu com a visita, ao polo de irrigação, da coordenadora do programa de Assistência Técnica e Gerencial do Senar-SE, Luana Aragão, nesta terça-feira, 11. Ela veio conhecer e cadastrar o polo agrícola como uma possível localidade a receber o atendimento.
“Serão visitas de 4h mensais a cada agricultor e pecuarista, isso acrescido ainda de cursos para capacitações em empreendedorismo rural. Como programa terá duração de quatro anos, é possível que os municípios atendidos possuam dois grupos, com 20 produtores cada”, explicou.
Para o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, o Perímetro Irrigado reúne características suficientes para receber o serviço do Senar.
“O perímetro irrigado possui quase 30 anos de existência e há 20 anos tem agricultor produzindo sem o uso de agrotóxicos. Capacidade de produção, durante todo ano, eles têm com a irrigação pública oferecida pelo Governo do Estado. Um apoio gerencial como este, para transformar em negócio a atividade rural, só tende a melhorar a capacidade de geração de renda para esses agricultores, suas famílias e trabalhadores rurais. Iniciativa que será bem-vinda”, considerou.
Diretor de Irrigação da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, vai mais longe e considera que o empreendedorismo pode consolidar o cultivo de orgânicos no perímetro irrigado.
“Às vezes, o que falta é apoio com um programa desses, para que o agricultor possa aderir completamente à ideia de produzir sem os agrotóxicos. Isso vale também para quem já é orgânico, pois a comercialização diferenciada do produto ainda é o maior obstáculo a ser superado por quem escolheu esse método de cultivo. Saber como vender o orgânico ainda é uma dificuldade, tanto para o produtor como para o consumidor entender o porquê da diferença no preço em função da qualidade do produto final. O que muitas vezes desestimula o agricultor”, concluiu. (Com informações da Assessoria de Comunicação do Senar/SE)