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HRL: recurso da telemedicina garante rapidez no diagnóstico das doenças do coração
2 de outubro de 2015 - 08:04, por Marcos Peris
A tecnologia da medicina à distância tem sido um importante recurso para garantir rapidez no diagnóstico das doenças cardíacas, como o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). A telemedicina, como é mais comumente conhecida, tem sido uma grande aliada em casos de urgência e emergência, nos últimos anos, no Hospital Regional Monsenhor João Batista de Carvalho Daltro (HRL), em Lagarto, na região Centro-Sul de Sergipe. Somente este ano, através desta tecnologia, o HRL já realizou quase 1.800 eletrocardiogramas (ECG), exame usado para avaliar o ritmo do coração e o número de batimentos por minuto, permitindo ao médico identificar arritmias cardíacas (alterações do ritmo do coração) e distúrbios na condução elétrica deste órgão. Em 2014, foram feitos 2.461 desses exames.
De acordo com o superintendente do HRL, Oldegar Alves Junior, a incorporação da telemedicina aos serviços representou um avanço para a unidade, gerenciada pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS). “É um recurso que potencializou a resolução do diagnóstico dos quadros de alterações cardíacas naqueles pacientes que chegam a nossa urgência e emergência. Foi um ganho muito grande do ponto de vista da assistência aos usuários do Sistema Único de Saúde”, ressalta. O HRL disponibiliza esse serviço desde fevereiro de 2011.
Telemedicina
No Hospital Regional de Lagarto, o serviço é oferecido mediante contrato firmado entre a FHS e a empresa Telemedicina da Bahia. Cada unidade de Telemedicina é composta de um computador completo, um sistema “Wincardio”, para realizar o ECG e uma interligação com a internet. Os laudos são fornecidos via internet, através do programa receptor, que permite imprimi-los diretamente na impressora sem a intervenção do operador. “Em condições normais, em até 15 minutos após a realização do procedimento, o especialista consegue laudar o exame, confirmando ou descartando a patologia cardíaca”, explica o diretor-técnico do HRL, Fernando Carbonera.
Com a agilidade e a rapidez propiciadas por essa tecnologia, o paciente poderá ter o seu quadro clínico revertido imediatamente com o deslocamento do Samu 192 Sergipe (Serviço de Atendimento Móvel às Urgências) até o local ou, se ele já estiver no hospital, com a ação do médico emergencista, mediada pelo serviço de Telemedicina. “Dispomos na unidade de medicação específica para tratamento do infarto agudo do miocárdio, o que assegura ao paciente, quando aplicado em tempo hábil, a reversão total ou a redução das sequelas que ocorreriam devido a essa patologia”, explica Carbonera.
Esta reversão é possível graças à evolução farmacêutica das últimas décadas, que permitiu o surgimento de medicamentos como o trombolítico, usado na reversão dos casos de infarto. Hoje, sete das 16 USAs (Unidades de Suporte Avançado) do Samu 192 Sergipe disponibilizam esse tipo de tratamento. Todos seis hospitais regionais geridos pela FHS, além do Huse (Hospital de Urgência de Sergipe), (Huse), em Aracaju, dos Hospitais Locais de Neópolis e Tobias Barreto e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Boquim, também dispõe dos serviços de telemedicina.
Benefícios
O principal benefício proporcionado pela nova rede está na diminuição das taxas de mortalidade por infarto agudo do miocárdio. Outra tão importante está na redução de sequelas graves. A insuficiência cardíaca é a principal sequela de casos de infarto. Ela é responsável, ao lado das demais sequelas, pela sobrecarga verificada hoje nos ambulatórios de cardiologia em todo país.
No Brasil, uma pessoa morre a cada dois minutos por conta de doenças do coração. São 350 mil mortes a cada ano, causadas pelos três maiores problemas cardiovasculares — infarto, AVC e insuficiência cardíaca —, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Em todo mundo, são 17,5 milhões por ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (SMS), que pretende reduzir em 25% a mortalidade cardíaca até 2025.