INSS pretende diminuir fila de prazo para concessão de aposentadoria

17 de fevereiro de 2024 - 08:42, por Marcos Peris

Em uma entrevista para o portal R7, o presidente do INSS revelou que pretende reduzir o prazo da concessão de aposentadorias para 30 dias até o fim de 2024. Atualmente, o tempo médio de espera é de 47 dias.

Além disso, ainda de acordo com ele, existem 1,5 milhão de pessoas na fila. O objetivo é reduzi-la. O presidente do INSS também defende que esperar de cinco a sete meses pelo benefício não é algo positivo.

Diante dessa conjuntura, é importante ressaltar a desinformação previdenciária como um dos motivos pelos quais existe tanta demora na concessão dos benefícios.

O advogado Filipe Montalvão, CEO do Grupo Montalvão, compartilha uma história marcante, destacando como a desinformação previdenciária pode moldar escolhas com impactos duradouros na vida dos indivíduos. O relato de um senhor que passou cerca de 12 anos sem se aposentar, acreditando que não tinha direito ao benefício. Isso ocorreu devido ao fato de ele já ser beneficiário de uma pensão por morte e temia que solicitar a aposentadoria pudesse resultar na perda da pensão.

Além disso, ele nunca contribuiu para o INSS, sustentando a mesma justificativa. No entanto, faltando apenas alguns meses para atingir a idade da aposentadoria, o advogado analisou o caso e constatou que o senhor tinha direito à aposentadoria há 12 anos, e foi concedido a ele o benefício.

Filipe Montalvão enfatiza a utilidade do CRM no software jurídico ADVBOX, contribuindo para uma administração eficaz ao identificar possíveis obstáculos e facilitar a tomada de decisões embasadas em dados. Destaca-se também a importância da abordagem proativa de cobrança junto ao INSS e ao judiciário, considerada crucial para evitar atrasos e assegurar a efetividade dos serviços oferecidos. Nesse contexto, o controle de processos e o monitoramento rigoroso de prazos são elementos fundamentais para otimizar a operação do escritório.

Consequências da desinformação previdenciária

A desinformação previdenciária pode acarretar consequências significativas para os indivíduos, levando-os a tomar decisões que comprometem seus direitos essenciais.

Um exemplo é o caso do senhor que postergou sua aposentadoria por longos 12 anos, fundamentado na crença equivocada de que, ao requerer o benefício, poderia perder a pensão por morte da qual já era beneficiário.

Sendo assim, a ausência de esclarecimentos adequados contribuiu para uma decisão prejudicial, prolongando desnecessariamente o acesso aos seus direitos previdenciários.

A falta de informação também pode resultar em escolhas financeiras desvantajosas, impactando diretamente o bem-estar econômico dos indivíduos. Muitas vezes, a falta de compreensão sobre os detalhes do sistema previdenciário leva a decisões adiadas ou evitadas, resultando em prejuízos financeiros substanciais. A desinformação, nesse contexto, emerge como um fator crítico que pode afetar adversamente a segurança financeira a longo prazo dos beneficiários.

Ademais, a desinformação previdenciária contribui para a perpetuação de mitos e receios infundados, impedindo que os indivíduos busquem ativamente os benefícios a que têm direito. Esclarecimentos inadequados sobre as implicações de requerer aposentadoria, por exemplo, podem criar barreiras desnecessárias e desencorajar a busca por direitos legítimos.

Nesse contexto, a disseminação de informações precisas e acessíveis torna-se importante para empoderar os beneficiários e orientá-los a tomar decisões informadas em relação aos seus direitos previdenciários.

Perspectivas futuras

À medida que adentramos o futuro da área previdenciária, é imperativo examinar as tendências emergentes nas leis previdenciárias que irão moldar o cenário dos benefícios.

Uma das principais diretrizes que se delineiam é a busca por maior flexibilidade e adaptabilidade nos sistemas previdenciários, visando atender às necessidades diversificadas da força de trabalho em constante evolução. Dessa forma, antecipa-se uma maior ênfase na implementação de políticas que permitam aos beneficiários personalizar suas opções de benefícios de acordo com suas circunstâncias individuais, refletindo a crescente valorização da autonomia e da diversidade nas escolhas previdenciárias.

Além disso, observa-se uma tendência crescente em alinhar as leis previdenciárias com os avanços tecnológicos. A integração de tecnologias inovadoras, como inteligência artificial e automação, pode simplificar processos, agilizar a tomada de decisões e melhorar a eficiência administrativa.

Contudo, essa transformação digital também demandará uma preparação proativa por parte dos beneficiários, que precisam familiarizar-se com as plataformas eletrônicas e novas práticas para garantir o pleno aproveitamento dos benefícios previdenciários.

Em última análise, a preparação antecipada torna-se importante diante dessas mudanças dinâmicas, capacitando os beneficiários a navegarem eficazmente pelos desafios e oportunidades que se apresentarão nas futuras evoluções das leis previdenciárias.

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