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PARQUE NICOLAU ALMEIDA: IRONIA DO DESTINO OU FALTA DE RESPEITO / SENSIBILIDADE E CONHECIMENTO HISTÓRICO?
20 de novembro de 2023 - 10:57, por Claudefranklin Monteiro
Afora tudo que já disse sobre a permuta do Parque Nicolau Almeida, em Lagarto-SE, uma fonte jornalística chamou a minha atenção e levanta, mais uma vez, não somente a importância histórica do lugar, mas também a desatenção da atual Gestão Pública Municipal para com a memória cultural e afetiva da cidade.
Um artigo publicado no jornal A VOZ DO LAGARTO, de 12 de março de 1963, página 4, de autoria do senhor Antônio Xisto, mostra a importância política do saudoso Rosendo Ribeiro Filho (Ribeirinho) para a construção do lugar e também para o fortalecimento da Exposição Feira de Animais da Região Centro-Sul.
Ribeirinho, à época Prefeito de Lagarto, tomado por uma visão empreendedora, moveu inúmeros esforços para apoiar e estimular a prática agropecuarista no município, gerando emprego e renda, como querem hoje não somente os que são a favor como os que são contra à permuta do Parque Nicolau Almeida.
Vale lembrar que no ano seguinte, 1964, coube a Ribeirinho a criação oficial do evento, como também as tratativas para a construção de um lugar maior e fixo que pudesse absorver seu movimento, contando, inclusive com a presença popular, não somente no entretenimento como também nos negócios.
Passados exatos 60 anos, seu neto, o deputado Gustinho Ribeiro, e seu afilhado, o empresário José Augusto Vieira, entendem que o “futuro” (leia-se negócios) é mais importante que o respeito à memória, à cultura e à história. Como também a manutenção de um bem público no e para o patrimônio público, podendo, se bem gestado, gerar emprego e renda.
Se os laços sanguíneos e afetivos não são suficientes para demovê-los da permuta, quem sou para dizer o contrário? Nesse sentido, deixo que a própria História (passado, presente e futuro) se encarregue de fazer justiça, se não aos vivos, pelo menos à memória dos que não mais gozam de nossa companhia.
A seguir, o artigo de Antônio Xisto, na íntegra.