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O futebol fora dos estádios, o dia a dia social
21 de julho de 2023 - 17:57, por Marcos Peris
Seja no campo de terra improvisado, nas quadras públicas ou nos grandes estádios, o futebol é o esporte mais amado pelos brasileiros e o mais conhecido mundialmente. O dia 19 de julho, marcou o Dia Nacional do Futebol, o jogo que faz parte da cultura no Brasil e está no dia a dia da população, como em uma partida com amigos, ou na torcida nos campeonatos como Brasileirão e Copa do Mundo. Vale lembrar que a Copa do Mundo Feminina da FIFA segue até o dia 20 de agosto, data da final.
As ruas decoradas, roupas caracterizadas, sons de cornetas e fogos de artifícios, a empolgação dos gritos da torcida, a tenção da bola na trave e a euforia na hora do gol, são detalhes que mostram a paixão do povo brasileiro pelo futebol, que “vibram” na torcida desejando o título de campeão.
Mas para quem está longe das arquibancadas do estádio, em dias de jogos a maioria dos torcedores se reúnem principalmente em bares e restaurantes, movimentando as ruas das cidades com a euforia da torcida, apostas e palpites nos times mais possíveis de serem vencedores.
É nas quadras das escolas do Brasil, que as crianças normalmente têm seu primeiro contato jogando partidas de futebol, onde surge o sonho de muitas delas de tornarem-se jogadores. As famosas interclasses nas escolas, por exemplo, são competições de jogos, dentre eles o futebol, onde as séries competem entre si durante vários dias, elegendo o melhor time conforme vence o campeonato. Esse tipo de atividade gera o espírito de competição saudável, o que impacta positivamente no bem-estar mental e contribui na educação dos estudantes.
“A participação esportiva libera endorfinas, neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar, reduzindo o estresse, a ansiedade e a depressão. Além disso, quem joga tem a chance de conhecer novas pessoas, desenvolver amizades e criar um senso de comunidade, o que ensina valores importantes, como trabalho em equipe, respeito e disciplina”, explica o professor e Doutor da Estácio, Rodrigo Neves, especialista em Fisiologia do Exercício e Atividade Física Adaptada para à saúde e Grupos Especiais.
Mas além de um esporte, o futebol também tem movimentado a economia do país. A Copa do Mundo, por exemplo, oferece uma oportunidade para o estabelecimento de laços culturais diplomáticos, é o que relata Rodrigo Neves: “O evento gera cooperação entre os países participantes, despertam um senso de orgulho nacional e patriotismo que uni as pessoas em torno de uma causa comum, tendo o potencial de deixar um legado duradouro em diferentes áreas, desde a economia até o esporte e as relações internacionais.”
Um relatório apresentado em 2019 pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em parceria com a consultoria EY, mostra o futebol como indústria que contribui na economia nacional, que representa 0,72% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, um total de R$52,9 bilhões.
A prática de jogos semelhantes ao futebol já existe há milhares de anos, mas o surgimento do futebol moderno foi considerado somente em 1863, no século XIX, ao ser fundada, na Inglaterra, uma associação que formulou as regras oficiais do esporte, a “The Football Association”.
No Brasil, o futebol chegou por meio de Charles Miller, um paulistano que estudou na Inglaterra, e ao voltar em 1874, trouxe ao Brasil bolas, uniformes e um livro de regras do esporte, tornando o jogo rapidamente popular ao decorrer do crescimento urbano do País, que mais tarde se tornaria pentacampeão na Copa do Mundo de 2002, e hoje, é a única seleção a ter participado de todas as edições e conquistado 5 vezes o título Mundial.