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Inverno será marcado por baixas temperaturas e atuação do El Niño
29 de junho de 2023 - 08:06, por Marcos Peris
Com a chegada do inverno, que segue até o dia 23 de setembro, os sergipanos podem esperar baixas temperaturas e chuvas dentro da normalidade durante esse período. A Gerência de Meteorologia e Mudanças Climáticas da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac) prevê alterações expressivas para o final da estação, que sofrerá impacto do fenômeno climático El Niño Clássico.
O meteorologista da Semac, Overland Amaral, explica que as temperaturas ficam mais amenas em todas as regiões do estado. “Em Aracaju, as mínimas poderão chegar a 19º, durante a madrugada. No interior do estado, também no período da madrugada, as temperaturas poderão chegar aos 16º, com a possibilidade de, ao longo do inverno, declinar ainda mais, principalmente em municípios que estão localizados em regiões com altitudes mais elevadas, como Nossa Senhora da Glória, Carira e Riachão do Dantas”.
A Semac também vem monitorando a atuação do El Niño Clássico e sua influência no clima e tempo para os próximos meses. O El Niño é um fenômeno natural caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico na sua porção equatorial. Ele ocorre em intervalos irregulares de cinco a sete anos e tem duração média que varia entre um ano a um ano e meio, com início nos últimos meses do ano.
Diante das projeções climáticas para o trimestre de junho, julho e agosto, a tendência é que na região do litoral e agreste sergipano a chuva permaneça dentro da normalidade, mas apresentando irregularidades na distribuição. Já no sertão a chuva pode variar entre normal a abaixo da média.
“É importante enfatizar que o El Niño clássico já está ativo no Oceano Pacífico, mas ainda não está acoplado à atmosfera. Com isso, no momento, ele não poderá causar influências nas chuvas da porção leste do Nordeste do Brasil. Além disso, o Oceano Atlântico está aquecido, favorecendo a chegada de instabilidades. A previsão é que esse fenômeno comece a atuar a partir do fim inverno e início da primavera”, finalizou a meteorologista Wanda Tathyana de Castro.