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Ipesaúde realiza palestra de conscientização no Dia Nacional do Diabetes
27 de junho de 2023 - 09:13, por Marcos Peris
Esta segunda-feira foi de conscientização para os pacientes atendidos no Centro de Endocrinologia e Diabetes do Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde). Na data em que se comemora o Dia Nacional do Diabetes, eles puderam assistir a uma palestra ministrada pela nutricionista Lara Dantas, que na oportunidade falou sobre o diabetes e a importância do manejo correto da alimentação.
“Hoje é o Dia Nacional do Diabetes, uma data para conscientizar e prestar o alerta à sociedade sobre a doença e também como melhorar a qualidade de vida das pessoas que têm o diabetes”, ressaltou.
Durante a apresentação, a palestrante orientou os presentes a sempre buscar as informações dos rótulos dos alimentos, para que eles tenham a certeza do que estão consumindo. A nutricionista Lara Dantas também esclareceu as dúvidas dos pacientes sobre os alimentos e as frutas.“Eles podem consumir as frutas que têm o índice glicêmico mais baixo, que vai diminuir a quantidade de açúcar no sangue durante a digestão, a exemplo da laranja, da uva, da banana e da maçã, esses são alguns tipos que têm um bom aporte de fibra, e que contribuem para diminuir a quantidade de açúcar no sangue”, informou.
Iniciativa válida
Os beneficiários que assistiram a palestra aprovaram a ação realizada para marcar o Dia Nacional do Diabetes. A paciente Maria Luci Barreto da Silva, 77, foi uma das que considerou a iniciativa válida. Segundo ela, o Dia Nacional do Diabetes é importante para todo mundo ter ciência que existe essa doença silenciosa. “Todos têm que se tratar”, enfatizou.
A beneficiária tem diabetes Tipo 2 e faz tratamento no Centro de Endocrinologia e Diabetes com o acompanhamento de três profissionais, uma endocrinologista, uma enfermeira e uma nutricionista.
Ela contou que descobriu o diabetes quando foi realizar uma cirurgia há muitos anos. “Eu nem sabia que tinha a doença”, relatou, ao informar que o tratamento foi iniciado, logo após a descoberta, no Centro de Endocrinologia e Diabetes, onde permanece realizando consultas médicas até os dias atuais.
Como se cuida, ela disse que não costuma registrar grandes elevações na sua glicemia.“Quando eu estou nervosa e preocupada é que aumenta”, afirmou.
Doença silenciosa
O endocrinologista do Centro de Endocrinologia e Diabetes do Ipesaúde, Carlos Édder Mello, informa que o diabetes é uma das doenças mais prevalentes. Segundo ele, no Brasil há uma estimativa de que 9% da população tenha a enfermidade. São 11 milhões de pessoas cadastradas com diabetes, mas a estimativa é de que 17 milhões vivam com a doença.“Isso se dá porque muita gente apesar de ter a doença não tem o diagnóstico”, informou.
De acordo com o especialista, o diabetes é uma síndrome, com vários sinais e sintomas, caracterizada pela deficiência total ou relativa de insulina. “No diabetes tipo 1, por exemplo, há uma deficiência total da insulina por causa de um problema na produção da insulina no pâncreas, e a pessoa depende de insulina para viver; enquanto o diabetes tipo 2 é caracterizado por uma resistência insulínica, na qual o pâncreas tem que produzir mais insulina para vencer essa resistência”, explicou. Ele acrescentou ainda que essa resistência à insulina do diabetes tipo 2 está relacionada ao excesso de peso e a obesidade.
O diabetes é uma doença silenciosa. “Não é à toa que boa parte das pessoas não sabem o diagnóstico. Por isso é importante a conscientização, para que as pessoas, principalmente as que têm idade acima de 40 anos, que tenham excesso de peso procurem fazer o check-up, meçam a glicemia, porque muitas vezes a pessoa está com a glicemia alta e não apresenta sintoma e só vai perceber quando os níveis de açúcar já estão elevados, com complicações microvasculares como a doença da retina, doença renal; e as macrovasculares que são o infarto agudo do miocárdio, a doença arterial coronariana e o Acidente Vascular Cerebral (AVC), que podem ser evitadas”, disse.
Fatores de risco
Édder Mello afirmou que vem se observando grande aumento na prevalência de diabetes, devido às mudanças no comportamento humano e ao processo de urbanização. “Hoje em dia as pessoas estão muito estressadas, sedentárias, com alimentação industrializada e devido a isso ocorre a presença do sobrepeso e da obesidade”, disse. Segundo o endocrinologista, 20% da população brasileira é obesa e se juntar os obesos com os que têm sobrepeso somam 55% da população com excesso de peso. “Essa obesidade contribui para o aumento do diabetes”, pontuou.
Além disso, ele também citou a idade como fator de risco para a doença. “A idade a gente não pode controlar, quanto mais a gente viver, idoso vai ficar, mas com relação às mudanças de vida, isso está totalmente sob o nosso controle, portanto, é fundamental optar pela boa alimentação, baseada no consumo de vegetais, legumes, verduras e em proteínas. Além de levar em consideração a questão da atividade física, com a realização de exercícios periódicos, no qual a pessoa deve se dedicar a fazer pelo menos 150 minutos de exercícios por semana, isso reduz muito as complicações cardiovasculares e o risco de desenvolver diabetes”, salientou.
Tratamento especializado
O Centro de Endocrinologia e Diabetes é especializado no tratamento da doença e acompanha cerca de 6.500 pacientes por mês, desse total 80% são diabéticos e são consultados pela equipe multidisciplinar da unidade, composta por médico endocrinologista, nutricionista e a equipe de enfermagem.
De acordo com a coordenadora da unidade, Kelly Bignardi, o objetivo do Centro é fazer um trabalho integral do paciente. “Quando se faz o acompanhamento multidisciplinar você está trabalhando com a prevenção da descompensação do paciente que já é diabético e com aqueles que ainda não são”, disse.