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Equipe do HUL-UFS utiliza estratégia de símbolos e cores para garantir uso adequado de medicamento por paciente
16 de fevereiro de 2023 - 08:20, por Marcos Peris
O paciente R.L.J.S, 55 anos, morador de um povoado do município de Lagarto, procurou o pronto-atendimento do Hospital Universitário de Lagarto (HUL-UFS/Ebserh) apresentando desconforto abdominal e mal-estar, sendo verificado após avaliação inicial que o mesmo apresentava pressão arterial baixa devido a utilização de dose inadequada de medicamentos anti-hipertensivos.
Depois de ser avaliado pela Clínica Médica, o que se verificou de fato é que se tratava de um caso de dificuldade de adesão ao tratamento medicamentoso, pela limitação do paciente em entender o receituário médico por conta da condição de baixa escolaridade apresentada.
Percebendo a necessidade de uma atenção diferenciada e voltada especificamente para o paciente, a médica clínica Tauanny Aragão de Moura recorreu à equipe de farmácia da unidade hospitalar para conjuntamente traçarem uma estratégia de orientação ao usuário, capaz de garantir a efetividade do tratamento e evitar reações adversas.
“Esse não foi o primeiro episódio de erro de dosagem, já que havia internamento prévio desse mesmo paciente com quadro clínico semelhante”, ressaltou Tauanny Aragão. “Para sermos efetivos no cuidado e assistência desse paciente foi realmente necessário pensarmos um pouco fora da caixa, envolvendo a equipe multidisciplinar do hospital para construirmos a melhor estratégia de cuidado pós-alta hospitalar”, observou.
Resultado disso foi a adoção pelos profissionais da unidade hospitalar de símbolos e cores na receita e medicamentos trazidos pelo paciente, além da confecção de caixa organizadora para melhor entendimento por parte do usuário.
Outra iniciativa das profissionais envolvidas foi acionar o serviço social do hospital para que contactasse a UBS de referência do povoado do paciente, de modo a que a equipe de saúde básica local desse continuidade à supervisão de separar os medicamentos, dada a dificuldade do paciente em entender o que vem prescrito em receituário.
“É um exemplo do trabalho de orientação farmacêutica na alta hospitalar e importância do serviço multiprofissional na transição do cuidado, garantindo a segurança e efetividade dos medicamentos utilizados”, destacou por sua vez Samara Siqueira, chefe do Setor de Farmácia Hospitalar do Hospital Universitário de Lagarto.