- PUBLICIDADE:
- Minas Telecom
- Hábyto
- Consultoria em Marketing
- OX
- VIDAM
Padre deixa paróquia e assume cargo público
28 de janeiro de 2016 - 11:58, por Marcos Peris
O ex-padre da paróquia de Poço Verde, José Carlos, agora faz parte da coordenação de Alimentação Escolar, cargo ligado a prefeitura local. Esta semana, ele e a equipe da Secretaria Municipal de Educação têm visitado as escolas da rede para fazer um levantamento sobre o estoque de produtos disponíveis em cada unidade e, com bases nos dados, encaminharem o restante do material às escolas para dar início ao ano letivo de 2016.
Em 2015, a merenda foi talvez o calcanhar de Aquiles da gestão do secretário Paulo Caduda. Muitas reclamações vindas justamente de quem faz a merenda. Uma delas é a de que na gestão do ex-prefeito, Antônio Dória, as prateleiras viviam mais abarrotadas.
“Depois que Thiago entrou, eles mandam aos poucos!”, contou no ano passado uma merendeira do interior. Indagado sobre quais estratégias a secretaria se valeria para este ano com fim a diminuir as reclamações, o secretário não se manifestou. Provavelmente passou despercebido já que não é praxe dele não responder a algum questionamento.
Sobre a escassez de merenda, podemos ressaltar alguns pontos importantes: o escândalo da merenda no estado de Sergipe naquele ano trouxe preocupação e desgaste tanto para as prefeituras quanto para o governo: muitas empresas ficaram impossibilitadas de realizar contrato licitatório por conta do envolvimento com o desvio da merenda; outro ponto é que sim havia merenda demais sem o uso adequado dela. E mais: a onda crescente de venda de doces na porta da escola afugentou o aluno da fila.
Em alguns casos, a merenda era jogada fora justamente porque o alunado preferia comprar salgadinho e bala em vez de alimentar-se na escola. Por outro lado, havia também o desperdício por conta da merenda ser de baixa qualidade no preparo. Uma merenda não convidativa, empurrava o aluno para compra de outros produtos. Decerto que houve treinamento e qualificação para as merendeiras em 2015, mas a reclamação também é de que elas queriam mais do que blá-blá-blá.
Quem sabe em 2016, a SME oferte um bom curso para as merendeiras colocarem literalmente a mão na massa. Sobre a áurea bem-vinda de José Carlos, tomara que funcione. (CNNPV)