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Lagarto: Prefeitura descarta remédio vencido de forma irregular, diz jornal
18 de janeiro de 2016 - 12:00, por Marcos Peris
Quem passou em frente ao Centro de Zoonoses, na última semana, deparou-se com uma cena, no mínimo, preocupante. Dezenas de sacos e caixas de medicamentos vencidos estão depositadas embaixo de uma árvore na área do Centro, bem ao lado da Secretaria de Saúde. Os remédios, acumulados desde dezembro, foram coletados nos postos de Saúde.
Perto do local onde os medicamentos estão despejados se localiza uma escola, o que agrava a situação. Mas, de acordo com o secretário de Comunicação, Alex Dias, os medicamentos para descarte estão acondicionados de forma legal e regular.
Ele afirma que, em virtude de um débito da Prefeitura com a empresa responsável pela incineração dos medicamentos, a coleta foi paralisada. A culpa, mais uma vez, é da crise e da falta de recursos. Mais um agravante se soma a esse cenário: o afastamento de quatro meses da secretária Tânia Correia, que agregou períodos de férias e licença médica.
SOBRA OU FALTA?
O radialista Waldson Diniz, que recebeu a denúncia da população durante a semana, afirma que até a última sexta-feira, 15, nenhuma providência tinha sido tomada. “Está tudo em sacolas, devem ser mais ou menos 20. Entrei em contato com a Secretaria de Saúde, mas a notícia é que não tem ninguém que possa ajudar, já que a secretária não está lá”, informa.
Waldson aponta a incoerência entre o quadro visto no Zoonoses e a realidade nos postos do município. “A população vive reclamando da falta de medicamentos nos postos. Então, por que esses medicamentos chegaram a ponto de terminar o prazo de validade sem serem entregues a ninguém?”, indaga.
Segundo o secretário Alex Dias, o lixo hospitalar, incluindo os medicamentos, é recolhido duas vezes por semana e depositado no Zoonoses. A empresa responsável pela incineração faz a coleta e incinera o material uma vez por mês, na Bahia. “O acúmulo, neste momento, é por conta do atraso. A Prefeitura não pôde pagar”, resume. Ainda não há expectativas de quando o pagamento será regularizado.
“O lixo hospitalar está armazenado no Centro de Zoonoses de forma adequada. Não há nenhum tipo de irregularidade no local. Não é ilegal”, completa. Quanto à ausência da secretária Tânia Correia, Alex Dias afirma que uma secretária interina já foi indicada. Trata-se de Tânia Franco, membro da equipe de Tânia Correia. “A secretaria não está abandonada”, destaca.
RISCOS DOS MEDICAMENTOS VENCIDOS
De acordo com a farmacêutica Bevelly Santana, a maioria dos medicamentos, após o vencimento, passa a não ter mais efeito terapêutico. “Mas, em alguns casos, a pessoa que ingerir um remédio vencido pode passar mal”, alerta. Quanto à forma correta de descarte, Bevelly informa que há locais específicos para essa finalidade. “Eles precisam ser levados para centros credenciados pela Vigilância Sanitária para serem incinerados. Não pode deixar em qualquer local porque existe risco de contaminação ao meio ambiente”, salienta. (Nayara Arêdes / Cinform / Fotos: Waldson Diniz)
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