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Lagarto, pelo poeta Assuero Cardoso
19 de abril de 2020 - 15:02, por Alexandre Fontes
Assuero Cardoso
A calmaria das águas do rio jacaré
Embalava a terra em teu sono
E de repente ela despertou
Querendo despontar.
Uma pedra batizou e deu o teu nome?
Surgiu na terra o trabalho do homem,
Do chão, da enxada na mão,
Com braço firme querendo te agigantar.
Manhãs, malhadas, milho, mandioca,
Seguir rumo ao fumo no roçado,
Papar a jaca, tanger o gado,
Laranja brotando e flor de maracujá.
De pequena vila à próspera cidade,
Na farta vontade de querer crescer.
Nasceu Laudelino Freire dando-te orgulho,
Cresceu Sílvio Romero trazendo-te saber.
Pintores, pincéis, poetas, poesias,
Setembro é mais colorido em teus dias.
Taieras, Quadrilhas, Cangaceiros, Lambe-sujos,
Reisado e a roda de babados dos pintados Parafusos.
Folclore, fama, fibra e força,
A beleza serena das morenas moças,
Frutos constantes da tua terra segura.
Vibra, Lagarto, cheia de glórias
Que através da tua história
É esta grandeza envolvida em ternura.
pág. 13
COLONIZAÇÃO
Desde o século XVI, por inteiro,
Entre a fé, os rios e as cabanas
Havia índios, jesuítas, sesmeiros
E Antônio Gonçalves de Santana.
Existiam também as presenças calmas
De Gaspar Lourenço e João Solônio,
A Tapera de São Tomé e a Cruz das Almas
Nas terras do pacato Santo Antônio.
pág. 15
(Obs.: Segundo estudos recentes feitos pelo historiador Claudefranklin Monteiro, há controvérsias nestas pesquisas antigas.)
ORIGEM DO NOME
Fala-se de uma pedra em granito
Em forma de um grande lagarto
Origem deste torrão tão bonito
De um chão tão fértil e tão farto.
Mas há também outra versão
De uma lusa família mui nobre
Que ostentava em seu rico brasão
Três lagartos de prata ou de cobre.
pág. 17