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AS QUATRO DÉCADAS DO COLÉGIO POLIVALENTE
13 de fevereiro de 2020 - 18:55, por Claudefranklin Monteiro
Salvo engano, é a terceira vez que escrevo para saudar a história de uma das mais importantes instituições de ensino de Lagarto e, por muito anos, do interior sergipano. Extremamente suspeito para lhe dirigir algumas palavras, o faço com alegria, dado o fato de ter sido seu aluno, entre 1989 e 1991, e depois seu professor, entre 1999 e 2009. O Colégio Abelardo Romero Dantas, carinhosamente conhecido por polivalente, completa 40 anos de existência e colaborou, de forma decisiva, para a melhoria do ensino e para formar gerações promissoras, em diversos ramos da vida profissional, cultural, acadêmica e intelectual.
Sua construção começou em 1979, em terreno doado pelo então prefeito José Vieira Filho. No dia 13 de fevereiro de 1980, mediante convênio entre o Ministério da Educação e Cultura (MEC) e a Secretaria Estadual de Educação de Sergipe, abriu as portas oficialmente. Sua alcunha, Polivalente, está no fato de ter sido pensado para atender a uma clientela de quinta à oitava séries e para a formação Técnico-profissionalizante. Entre os cursos ofertados, destaque para Habilitação Básica em Agropecuária, Eletricidade e Saúde.
O Polivalente recebeu o nome do poeta e escritor Abelardo Romero Dantas, nascido em Lagarto no dia 13 de junho de 1907. À época da construção da escola, de volta do Rio de Janeiro, Abelardo, doente, passou a morar novamente em Lagarto, falecendo naquele ano, no dia 17 de março. Notável jornalista e cronista, sua memória é cultuada na escola até a presente data. A Academia Lagartense de Letras, fundada em abril de 2013, o reverencia como patrono da cadeira número 6, da qual tenho a honra de ocupar e de ser seu guardião.
Ao longo dos anos, o colégio Abelardo Romero Dantas perdeu suas características técnicas e passou a se notabilizar no ensino científico, preparando os alunos para o vestibular. Virou referência, sobretudo pela capacidade de seus gestores, dos quais destaco três que marcaram sua história, pelo comprometimento e nível técnico: Paulo Andrade Prata (1980-1987/1991-1992), José Cláudio Monteiro Santos (1989/1998-2003) e Maria do Carmo de Oliveira Fonseca (1987-89/1993-94).
Também ocuparam a direção do Polivalente nos últimos quarenta anos: Edmundo Lisboa de Araújo, João Gustavo Neto, José Ferreira do Espírito Santo, Maria José de Castro Santos, Nirailde Conceição da Rocha, Hugo Fraga de Almeida, Luzivalda Santana Menezes Almeida, Eliane Marques, Josefa Rodrigues (Dedé) e César Henrique Pita Estrelado. No tempo mais recente, Edvanio de Jesus Nascimento e Jamille Garcia da Silva Oliveira.
Entre 2010 e 2015, o espaço do colégio foi remodelado fisicamente para receber provisoriamente o Campus da Saúde da Universidade Federal de Sergipe. Durante esse período, o Polivalente funcionou de forma precária nas antigas dependências do Colégio Cenecista Laudelino Freire.
De 2015 até a presente data, o colégio viveu novas experiências e apresenta um novo perfil, com formação integral para o Ensino Médio. Voltou a ser sede do Pré-vestibular universitário do Governo de Sergipe e se prepara para enfrentar os novos desafios educacionais do tempo presente, entre eles a implantação e funcionamento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).