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Biblioteca no povoado Brasília oferece mais de 4.500 obras
30 de outubro de 2018 - 13:07, por Marcos Peris
Shhhhh. Você pode até tentar justificar que não viu o aviso, mas a onomatopeia ecoa involuntariamente e prevalece toda vez que se pisa o pé em uma biblioteca. No país, existem 7,7 mil delas, 79 unidades estão distribuídas em 74 dos 75 municípios de Sergipe, segundo o mapa do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), do Ministério da Cultura. O que pouca gente sabe é que muitos desses espaços culturais vêm passando por revitalizações importantes que incluem, além de uma simples fachada ou novos títulos, opções cada vez mais diversificadas de acesso ao saber.
No povoado Brasília, zona rural do município de Lagarto, centro-sul sergipano, a Biblioteca Professora Maria Alice Cirila da Silva funciona desde 2012 como um desses locais de incentivo à busca pelo conhecimento. Com um acervo que ultrapassa 4.500 obras, a Biblioteca tem ajudado na rotina literária de crianças e adolescentes daquela localidade.
“Em 2013, quando iniciei minhas atividades no povoado Brasília, o índice bibliométrico foi de apenas 300 usuários no ano. No último ano, depois de varias reuniões nas escolas públicas e privadas da região e planejamento de uma programação cultural diversificada, conseguimos chegar a um número de 2.464 usuários/ano”, conta o bibliotecário Danilo Garcia.
Atualmente, a Biblioteca Maria Alice Cirila da Silva integra o programa Conecta Biblioteca, iniciativa da ONG Recode e da Caravan Studios que busca fazer desses espaços instrumentos para o desenvolvimento de comunidades em todo o país. “Através dessa plataforma são criadas programações culturais voltadas ao público (da biblioteca), e também são ofertados cursos gratuitos”, diz Garcia.
Para aproximar a comunidade escolar da Biblioteca do povoado, especialmente jovens em situação de vulnerabilidade social, o bibliotecário trabalhou em parceria com as instituições de ensino locais para mostrar aos estudantes que o hábito da leitura poder ser mais do que um simples juntar de sílabas. “Através da contação de história tentamos estimular a leitura dos alunos das escolas e creches da região, com livros infantis e gibis que contam as histórias de forma lúdica e divertida”, afirma.
Com a instalação de um telecentro composto por 12 computadores com acesso à internet para uso da comunidade, Danilo acredita na tendência de que o número seja ampliado ainda mais. Mas o bibliotecário salienta que o gosto pela leitura é uma lição que deve começar a ser feita em casa.
“Hábitos saudáveis de incentivo à leitura podem ser empregados nos lares. A exemplo de levar as crianças às bibliotecas e oferecer livros infantis para eles lerem e até comprando livros infantis ou gibis para que as crianças comecem desde cedo a despertar o gosto pela leitura”, sugere Danilo Garcia.
Além de promover o acesso igualitário a publicações dos mais variados tipos, o papel das bibliotecas é preservar algumas das obras mais importantes da história da humanidade. (F5 News)