O público alvo foram gestores e profissionais de saúde que atuam no hospital, com a iniciativa estando baseada no que preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS). Para a OMS, “cuidado paliativo é uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento”. Ainda de acordo com a organização, esse cuidado “requer a identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual”.

“Com a formação da equipe de cuidados paliativos, objetiva-se também iniciar pesquisas científicas no campo da medicina e das outras ciências de saúde envolvidas”, ressaltou Rívia Siqueira Amorim, médica geriatra do HUL. “As famílias e os pacientes que recebem a abordagem dos cuidados paliativos referem que mesmo frente ao entendimento da finitude humana pode-se ter qualidade de vida com a humanização do cuidado e com a priorização do conforto do paciente, do controle dos seus sintomas e da manutenção da dignidade humana”, observou.

De acordo com a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), os cuidados paliativos têm por base conhecimentos inerentes às diversas especialidades, possibilidades de intervenção clínica e terapêutica nas diversas áreas de conhecimento da ciência médica e de conhecimentos específicos.

“A iniciativa está ligada ao entendimento da vida enquanto finitude também, e por mais longínqua que ela seja nada pode mudar essa realidade”, observou o gerente de Atenção à Saúde do HUL, professor Manoel de Cerqueira Neto. “O cuidado paliativo busca identificar esse momento ao ofertar um maior suporte tanto ao paciente quanto ao seu familiar, para que o vivenciem de uma forma mais digna e humana, proporcionando um maior conforto a todos os envolvidos”, disse.

Dentre os princípios que regem a atuação da equipe multiprofissional de cuidados paliativos, reafirmados em 2002 pela OMS, constam a promoção do alívio da dor e outros sintomas desagradáveis; a integração de aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente; e a consideração de abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos pacientes e seus familiares.

Fonte: Ebserh