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DE VOLTA ÀS ORIGENS ACADÊMICAS
19 de setembro de 2018 - 11:21, por Claudefranklin Monteiro
Na última terça-feira, 18 de setembro, eu estive participando de oficina promovida pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) da Faculdade Dom Pedro II, em Lagarto-SE, atualmente sob a administração geral da Professora Geraldine Leal. Na CPA, estou como Representante da Comunidade, na condição de convidado e voluntário.
Em 2004, a instituição era chamada de Faculdade José Augusto Vieira (FJAV). Participei da equipe fundante, composta por Prazeres Domingos, Valdelmo Monteiro, Prazeres Nery, Fabilia (depois Taysa Mércia), Antônio Augusto e Paulo Rafael. Só para citar a equipe administrativa, embrionária.
Foram anos de grandes experiências e de aprendizagem. Eu, particularmente, vivi seus primeiros cinco anos, saindo para me efetivar na Universidade Federal de Sergipe, em março de 2009.
Recebi a incumbência de criar o Curso de Licenciatura em História, primeiro do interior sergipano. Não tardou para ser o seu Coordenador e também lecionar.
Na minha gestão, formamos as duas primeiras turmas e deixamos o curso com média cinco no MEC, a partir do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). Feito inédito e até hoje jamais alcançado por outro curso congênere no Estado de Sergipe.
As limitações iniciais eram muitas, havia o receio de não dar certo e a concorrência desleal com outras instituições que recebiam mais subsídios e tinham melhores condições e marketing. Mas nós tínhamos dois diferenciais: material humano, no melhor sentido da palavra, e vontade, muita vontade de acertar.
A instituição se consolidou, sobreviveu a intempéries de toda ordem, e depois passou para a responsabilidade do grupo UNIDOM, tendo sido o Prof. Rivaldo Júnior um de seus primeiros administradores, em Lagarto, naquela nova fase e identidade. Entretanto, seus ideais permanecem vivos: qualidade e responsabilidade social.
Novos tempos vieram, mas a semente que plantamos lá atrás virou uma árvore frondosa, sem glamour e sem maquiagem arquitetônica, focada no ser humano. Há desafios a serem superados, coisas que precisam ser observadas e demandas a serem atendidas e solucionadas. Mas isto, todas as instituições têm.
O que ressalto, como observador externo, é que há uma clara necessidade de conciliar sustentabilidade financeira com qualidade de ensino. Um hiato que poderia ser resolvido com mais celeridade se nossas autoridades priorizassem a educação como aporte para um real desenvolvimento econômico e humano do país.
Até lá, que não tarde, as Instituições de Nível Superior do Brasil, públicas ou privadas, seguem sua toada à mercê do capital financeiro que não consegue se convencer que pobreza, desigualdade de oportunidades, desemprego e ausência de preparo qualificado não rimarão nunca com progresso.