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Pleno do TRE/SE mantém cassação do diploma do prefeito e vice de Poço Redondo
9 de agosto de 2018 - 05:00, por Marcos Peris
Portal Lagarto Notícias
Na tarde da última quarta-feira (8), o colégio do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE/SE) manteve a cassação dos diplomas de prefeito e vice-prefeito de Poço Redondo dos senhores Ademilson Chagas Júnior (PRB) e Manoel Rodrigues da Silva (SD), respectivamente, por compra de votos. Com a decisão, os mesmos ficam inelegíveis pelos próximos oito anos, mas irão recorrer no exercício do mandato.
Segundo a Corte Eleitoral, a manutenção da cassação dos diplomas foi aprovada por 5 votos a 2, pelos crimes de captação ilícita de sufrágio; captação ou gasto de recursos financeiros de campanha eleitoral; e abuso de poder econômico. Em 2016, Dr. Júnior foi eleito com 6.640 votos, o que lhe conferiu a vantagem de 1.075 votos sobre o segundo colocado naquele pleito.
De acordo com o Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE): “na campanha de 2016, Ademilson Chagas e Manoel Rodrigues distribuíram combustível, de forma generalizada, massiva e repetida, em troca de votos. “Durante a investigação, foram encontradas notas fiscais de aquisição de combustível, no valor de R$ 22.100,50. A defesa alegou que era para abastecer caminhões-pipa de amigos do prefeito. No entanto, o MPE apontou a inconsistência do argumento, visto que também havia notas de compra de gasolina, combustível que não é utilizado em caminhão.
Ainda nas investigações, o MP Eleitoral encontrou faturas de água e energia com o número dos títulos de eleitor das pessoas que seriam beneficiadas com os pagamentos. “Os candidatos gastaram R$ 1.715,15 com a quitação das contas. Na defesa, eles alegaram que se tratavam de faturas de fiscais de partido. Mas, não havia fiscais de partido registrados na Justiça Eleitoral.
Os valores usados para aquisição de combustível e para pagamento de faturas não foram declarados à Justiça Eleitoral, o que configura “caixa 2”. Com os fatos, o MP Eleitoral comprovou o abuso de poder econômico e a compra de votos na campanha eleitoral de 2016 para prefeito em Poço Redondo”.