LAGARTO E O LEGADO DE JOSÉ VALMIR MONTEIRO

13 de agosto de 2024 - 19:46, por Claudefranklin Monteiro

Não. As portas da História não estão fechadas para Valmir Monteiro, somente as da Prefeitura Municipal de Lagarto em suas homenagens póstumas. As mesmas que foram arrombadas quando de seu afastamento do cargo de prefeito, em 2019. Nos braços do povo, seu velório e sepultamento, no último final de semana, foram mais do que um ato político. Foi uma celebração da memória. Aos gritos de justiça, a bandeira de Lagarto tremulava ao lado do pavilhão sergipano, em meio a uma multidão que chorava a ausência de seu líder.

            No sábado, 10, pela Lagarto FM, quando seu corpo se deslocava da capital sergipana para ser velado no Ginásio de Esporte O Ribeirão, eu tive a honra de dividir uma programação especial ao lado do jornalista Fernando Amaral e do professor Adiranilton, aos cuidados técnicos de Fausto. Na segunda, 12, falei para a Boca da Mata FM, Nossa Senhora da Glória, a convite do jornalista Waldson Diniz.  Em ambas as oportunidades, o assunto era um só: qual o legado de José Valmir Monteiro (1962-2024) e quais as consequências de sua prematura ausência da vida política de Lagarto e de Sergipe, sobretudo, no que pese ser este ano de eleições municipais?

            Inevitável não tornar a falar e a escrever sobre o assunto e só o gostaria de fazer na sexta-feira, quando transcorridos os sete dias de seu falecimento. Valmir Monteiro foi um homem público e político. Se a política e todas as suas nuanças faziam parte de sua vida, não seria diferente de sua morte e dos dias que se seguem e seguirão. Logo, aqui, não pretendo escrever o que já o fiz em dezembro de 2023, em artigo intitulado “José Valmir Monteiro, um líder, uma luta e uma história”, no portal “Só Sergipe” (vide https://www.sosergipe.com.br/jose-valmir-monteiro-um-lider-uma-luta-e-uma-historia/). Antes, ainda que no calor dos fatos, quero me permitir dar a minha contribuição sobre as discussões acima apresentadas.

A bem da verdade é que muitos foram os que traíram ou foram ingratos com Valmir Monteiro, inclusive eu. E nesse sentido, uns foram mais, outros menos e houve até mesmo quem passasse dos limites. Fato é que quem teve tempo de reajustar sua conduta, sendo solidário a ele em inúmeros momentos de revés, como na prisão e na doença, permaneça com o coração em paz. Aos que deixaram para depois durante seu velório e sepultamento, tentem dormir da melhor possível, com consciência pesada ou não.

Em linhas gerais, para além de remorso teatral e deficiência de caráter, o que se viu foi muito no velório e sepultamento de Valmir Monteirio foi oportunismo político e até tentativas malsucedidas de levar vantagens políticas. Umas até aceitáveis e “normais” pois são do próprio jogo político, outras, entretanto além de erráticas, foram infelizes e mal articuladas estrategicamente, tendo como consequência imediata a revolta de parte considerável da população lagartense, presente ou não.

E se a ficha ainda não caiu, creio que o que presenciamos e testemunhamos entre as primeiras horas de sábado, 10, e de domingo, 11 de agosto de 2024, reafirmam o que eu publiquei assim que soube da morte de Valmir Monteiro, em meu perfil do Instagram: “trata-se de um dos mais carismáticos e populares líderes políticos da História de Lagarto”. E se tudo o que aconteceu e se todas as manifestações e repercussões até o fechamento desta crônica não são suficientes para atestar seu principal legado, recomendo revisitarem a sua história de vida e política, com seus altos e baixos, erros e acertos, como toda a vida humana.

Reitero a minha solidariedade e palavras de conforto aos familiares, amigos e admiradores. Valmir Monteiro continuará vivendo na memória do povo lagartense e seguirá sendo referência política para muitos e sombra para outros que um dia ousaram apagar a sua chama, seu estilo próprio, sua simplicidade e seu amor inconteste pela vida e dedicação aos mais humildes.

Não faltarão, pois, testemunhos do quanto ele foi importante e decisivo na vida de pessoas as mais diversas. E assim, segue a história ditando seu rumo e vaticinando os destinos de todos nós, sob as bênçãos de Deus ou não, temendo-O (como nos orienta a fé cristã), ou achando que tudo se encerra fora e para além Dele, seja numa palavra ou ação inconsequentes ou numa consciência e agir difusos.

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