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Segurança Pública é indicador avaliado em estudo inédito que atribui melhor qualidade de vida no NE a Sergipe
6 de julho de 2024 - 08:00, por Marcos Peris
Em levantamento inédito divulgado pelo jornal O Globo, Sergipe conquistou o posto de estado com a melhor qualidade de vida na Região Nordeste, assim como Aracaju como a capital. Dentre os indicadores que avaliam a qualidade de vida nos mais de 5,7 mil municípios brasileiros está o de Segurança Pública. Nesse componente, é avaliado o dado de taxa de homicídio – que representa a quantidade de mortes por 100 mil habitantes. O levantamento, que leva em consideração o Índice de Progresso Social (IPS), foi divulgado na última quarta-feira, 3.
É no quesito taxa de homicídios que Sergipe apresenta uma performance positiva, ao registrar uma tendência de queda que vem desde 2016 – ano em que houve alta nos indicadores de violência no estado.
A taxa de crimes violentos saiu de 57,64 mortes por 100 mil habitantes – em 2016 – para 20,41 mortes por 100 mil habitantes – em 2023. No período da taxa de mortes violentas caiu 64,6%, conforme o levantamento feito pela Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal da SSP (Ceacrim).
Em avaliação recente feita pelo coordenador do Atlas da Violência, importante estudo sobre violência no Brasil, o doutor em Economia pela PUC do Rio de Janeiro Daniel Cerqueira, foi analisada a queda dos homicídios em Sergipe desde 2016 como um caso que merece destaque em nível nacional.
“Sergipe é um caso muito interessante, porque a taxa de homicídio crescia a passos largos desde 1998 até 2016, quando encabeçou a lista do Estado mais violento da Federação. Hoje é um dos estados que mais conseguiram reduzir homicídios, de modo que, atualmente, a taxa de letalidade violenta no Estado é equivalente à que existia lá nos idos de 2010”, avaliou Daniel Cerqueira, coordenador do Atlas da Violência.
Para o secretário de Estado da Segurança Pública, João Eloy de Menezes, o reconhecimento da qualidade de vida de Sergipe e de Aracaju em nível regional é mais uma forma de ressaltar o resultado do planejamento estratégico de segurança pública. “Não tem como se pensar em qualidade de vida quando se tem medo de andar na rua. Então, acreditamos que qualidade de vida se faz com um trabalho efetivo de segurança pública, como temos feito no enfrentamento aos crimes contra a vida”, destacou.
Componentes do estudo
O levantamento filtrou mais de 300 indicadores até chegar a 52, entre órgãos oficiais e de institutos de pesquisa, como o DataSUS, Conselho Nacional de Justiça, Mapbiomas, Anatel e CadÚnico. O IPS é dividido em três dimensões principais: necessidades humanas básicas; fundamentos para o Bem-estar; e oportunidades. Cada uma delas tem quatro componentes – cada um composto por três a cinco indicadores -, que levam à média final.