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Ipesaúde é referência na avaliação e no cuidado de pés diabéticos
2 de março de 2024 - 07:49, por Marcos Peris
O Pé Diabético está entre as complicações mais frequentes do Diabetes. Quando não realizados o tratamento e os cuidados preventivos, podem surgir desde feridas crônicas e infecções até amputações de membros inferiores. O Centro de Endocrinologia e Diabetes do Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde), em Aracaju, tem se tornado referência quando o assunto é exame do pé. Mensalmente, 150 avaliações são realizadas.
O exame periódico dos pés possibilita a identificação precoce de alterações e a prevenção de complicações, além de apresentar ao paciente orientações para o cuidado diário e adequado dos membros inferiores. Isso porque a redução do suprimento de sangue para os membros inferiores e a perda de sensibilidade nos pés fazem com que ferimentos não cicatrizem como deveriam e que feridas ou machucados não sejam sentidos.
Segundo a enfermeira, Andreza Linhares, a maioria das complicações do Pé Diabético podem ser evitadas com uma avaliação periódica das condições dos pés. “O pé diabético é uma das principais complicações de pacientes diabéticos, levando a um alto índice de amputações não traumáticas, ocasionando a internações prolongadas e a um elevado custo com assistência. A avaliação é importante para uma intervenção e o rastreamento deve ser feito em pacientes diabéticos tipo 1, com 5 anos após o diagnóstico, e paciente tipo 2, logo após o diagnóstico. A avaliação do pé permite o diagnóstico precoce, ajudando na prevenção de lesões e amputações”, explicou.
A avaliação dos pés do paciente com diabetes é comparável ao exame de fundo de olho, uma vez que é recomendado fazê-lo anualmente desde o primeiro ano de diagnóstico do diabetes. Ele tem como principal vantagem a classificação de risco, pois fomenta orientações sobre os cuidados especiais que o paciente deve tomar. Falta de sensibilidade, mudanças na coloração ou no formato dos pés ou unhas, vermelhidão, bolhas ou inchaço são alguns dos sinais que o paciente pode perceber alguns sinais de risco de pé diabético.
A enfermeira, Maria Vitória, explica que muitos pacientes têm receio em fazer o exame por temer dor. “Apesar do medo de muitos pacientes, a gente alerta que o exame é indolor e dura cerca de 30 minutos. No exame clínico dos pés existem processos, que vão da coleta de dados do paciente até a avaliação dermatológica como calos, rachaduras, ressecamento. Tudo isso classificamos como lesões pré-ulcerativas que podem levar ao pé diabético. Também fazemos o testes neurológicos, onde avaliamos se existe perda ou não de sensibilidade dos pés, dentre outras avaliações”, detalhou.
A aposentada, Norma Maria Oliveira, é uma das beneficiárias que, por anos, não realizava o exame por receio. Após orientação, ela se encorajou para fazer o teste. “O meu pensamento sobre esse exame do pé era apenas de um furo para conseguir um líquido para fazer um teste. Mas não senti nada e estou me cuidando”, contou.
A coordenadora do Centro de Diabetes, Kelly Bignardi, reforçou a importância da realização do exame. “Existe ainda desconhecimento sobre esse exame, que é tão importante para os beneficiários; por isso, surge a necessidade de divulgar e conscientizar o público sobre os benefícios da consulta e da realização do mesmo. O nosso ambulatório do pé diabético no Centro de Endocrinologia é referência em todo o Estado. A unidade possui uma sala específica para a realização dos testes necessários para a avaliação do comprometimento das chamadas neuropatias diabéticas, que são alterações que atingem nervos periféricos e que levam a perda da sensibilidade”, finaliza.