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Ipesaúde promove palestras sobre prevenção e cuidados da saúde da mulher
9 de março de 2023 - 20:40, por Marcos Peris
No Dia Internacional da Mulher, a transmissão de conhecimentos e informações sobre assuntos relacionados à saúde do coração, do corpo e da mente da mulher ganharam destaque nas palestras que integraram a programação do evento promovido na quarta-feira, 8, pelo Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde).
Reunidas no pátio da sede do Instituto, beneficiárias e colaboradoras, iniciaram o dia participando de uma dinâmica de educação física, ministrada pela educadora física Aline Carvalho de Andrade.
Com atividades de alongamento, relaxamento e muita integração, durante a dinâmica as mulheres fizeram um aquecimento do corpo e da mente para receber as informações que foram dadas logo a seguir, na palestra sobre “Saúde Cardiovascular da Mulher”, ministrada pela médica cardiologista, Dra. Celi Marques.
De acordo com a Dra. Celi Marques, foi um grande prazer falar para as beneficiárias e colaboradoras do Ipesaúde sobre Saúde Cardiovascular da Mulher. “Eu gosto tanto desse tema, como das ações, que são pró-mulher em relação à saúde”, ressaltou.
Segundo ela, nos dias atuais, a mulher tem morrido muito mais por doença cardiovascular. “Acho que dificilmente a mulher jovem sabe disso. Antes, isso ocorria pós-menopausa, depois dos 60, 70 anos. Hoje, isso está mudando, então a mulher na faixa dos 45 a 55 anos vem morrendo mesmo, ou então ficando com sequela em relação às doenças cardiovasculares como infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC)”, revelou.
Fatores de risco
Conforme a cardiologista, não se pode falar de Saúde Cardiovascular da Mulher sem se referir a mulher de um modo geral e ao seu ciclo de vida. Ela alertou para o fato de que as mulheres estão muito sobrecarregadas e que precisam administrar isso. “É necessário ter tempo para uma atividade física, para uma atividade relaxante, um hobby, se estressar menos, fazer as coisas mais no seu tempo, não precisa pagar academia, pode-se andar, fazer meditação”, orientou.
Celi Marques disse ainda que a pirâmide da longevidade de Sergipe demonstra que as mulheres estão aumentando em idade, em longevidade. “Daqui há mais 10 ou 20 anos essa pirâmide vai inverter e as mulheres estarão envelhecidas e, consequentemente, sofrerão com os agravos desse envelhecimento. Nós temos também que pensar em como enfrentar isso com saúde e vitalidade”, disse.
Ao finalizar, a cardiologista disse que as mulheres devem evitar adoecer, pois quando adoecem elas se tornam mais graves, mais comórbidas e ficam mais incapacitadas. “Prevenção das doenças cardiovasculares é a palavra de ordem. Cuidem do seu corpo, da sua mente e do espírito. Essencialmente essa tríade não pode ser separada nunca. Aconselhem-se com os seus médicos, busquem ser felizes”, enfatizou.
Saúde integrativa
A fisioterapeuta integrativa, Patrícia Almeida Fontes, agradeceu a oportunidade de participar do evento. Segundo ela, foi uma oportunidade de mostrar aos usuários do Ipesaúde, que a mulher precisa ser autora da sua saúde. “O Ipesaúde está aqui a disposição, mas somos nós que precisamos cuidar, prevenir. Cuidando das suas emoções, da alimentação, praticando exercícios físicos a mulher precisará cada vez menos da assistência médica”, recomendou.
De acordo com a fisioterapeuta, a saúde integrativa faz com que o indivíduo seja autor da sua saúde. “Precisando ele tem a retaguarda, mas no dia a dia é o que a gente faz, o que a gente come, é o que a gente se exercita que vai fazer com que a gente tenha a saúde em dia”.
Ela destacou a iniciativa do Ipesaúde em realizar o evento como excelente. “Hoje eu pude ter acesso aqui a pessoas que provavelmente nunca chegariam ao meu consultório. Mas aqui eu consegui chegar até eles, na casa deles”, disse.
Perfis comportamentais
A fisioterapeuta Luciana Zago, que falou sobre a temática Perfil Profissional considerou a iniciativa do Ipesaúde como excelente numa data em que se comemora a mulher como um todo, a mulher mãe, a mulher dona de casa, a mulher profissional, a mulher avó, a mulher esposa.
“Esse tema que abordei traz a reflexão sobre os nossos perfis comportamentais, de como a gente se comporta diante das pessoas. São quatro tipos de perfis: o dominante, que tem uma característica mais de mandar, de querer resultados, desafios; o influente, que está mais ligado a influenciar pessoas; o estável, que é uma pessoa mais calma, mais planejada, mais ponderada, mais lenta, mais paciente; e o conforme, que é a pessoa mais detalhista, ela é presa aos detalhes, que talvez ninguém veja”, explica.
Conforme Luciana, nesse contexto de perfil natural, há também o adaptado, que é quando a pessoa se adapta e muda devido às circunstâncias, a depender do cargo, da sua casa, do que lidera.
Ao final do evento, a diretora de Promoção à Saúde (Dirpros), Priscila Kitawara, destacou que as palestras foram muito bem recebidas pelo público porque abordaram desde os cuidados com a saúde física, passando pelas questões comportamentais e atitudinais, além da identificação do perfil profissional. “Essa iniciativa atende a pauta do governo que coloca a mulher como protagonista neste novo cenário do Estado”, ressaltou Kitawara.