- PUBLICIDADE:
- Minas Telecom
- Hábyto
- Consultoria em Marketing
- OX
- VIDAM
HISTÓRIA, MEMÓRIA E FOLIA – O TRIO ELÉTRICO ARMANDINHO, DODÔ E OSMAR EM MINHA HISTÓRIA DE VIDA
20 de fevereiro de 2023 - 10:48, por Claudefranklin Monteiro
Circuito Osmar, Campo Grande, dia 25 de fevereiro de 2017. Era o meu primeiro Carnaval em Salvador-BA. Ao lado de minha esposa, Patrícia Monteiro, realizava um sonho e ao som da canção “Baianidade Nagô” (Evandro Rodrigues), interpretada por André Macêdo, do alto do Trio Elétrico Armandinho, Dodô e Osmar, eu e ela cantávamos com lágrimas nos olhos, sob uma chuva fina, o trecho que diz: “Eu queria que essa fantasia fosse eterna!”.
Minha tietagem pelo grupo Trio Elétrico Armandinho, Dodô e Osmar é de longa data. Começou em 1982, quando ouvir o disco “Vassourinha Elétrica” (1980). Aquela experiência me acompanhou por toda a vida, sobretudo na infância e na adolescência, às voltas com tudo que vazia menção à banda. Fiz inúmeros trios elétricos de brinquedo, imitando o som da guitarra baiana, puxando-os com cordões; passei a colecionar discos, recortes de jornal ou de revista; a comprar CDs, entre outros.
A primeira oportunidade de conhecê-los não foi bem-sucedida. Era anos 90, em Lagarto-SE. Mas a segunda, não deixei passar, também em Lagarto, e ali estávamos eu e minha esposa, diante de Betinho, Armandinho, Aroldo e André. Os Irmãos Macêdo, filho de Osmar, um dos inventores do trio elétrico, em 1950. Prontamente, troquei ideia com Aroldo e fui me encantando ainda mais com a história do grupo. Na ocasião, eles queriam saber quem era o seu parente lagartense: Tolentino Menezes. Mistério que tive a honra de desvendar recentemente, com a colaboração dos estudos genealógicos da professora e psicóloga Sônia Macário. (ver https://www.lagartonoticias.com.br/2021/09/21/a-genealogia-lagartense-e-o-trio-eletrico-armandinho-dodo-e-osmar/).
Era o ano de 2010, gestão do então prefeito Valmir Monteiro, o qual me oportunizou viver aquele momento. Seis anos depois, de férias com minha esposa em Salvador (final do mês de novembro), volto a me encontrar com eles, na primeira edição do show “Irmãos Macêdo – Carnaval, Música e Revolução”, no Café Rubi. A partir daquela noite, tomei o firme propósito de me dedicar a pesquisar e escrever sobre o “Trio Elétrico Armandinho Dodô e Osmar”.
E daquele dia em diante, para além daquele momento mágico do dia 25 de fevereiro de 2017, para além de um estudo de pós-doutorado em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia (Os filhos da alegria, uma história do Carnaval elétrico da Bahia, 2017-2018); dezenas de textos publicados em jornais, artigos científicos e o livro “A Vida é um Trio Elétrico” (2019), o primeiro de uma trilogia, que foi interrompida temporariamente em função da pandemia de COVID-19.
“O Trio Elétrico Armandinho, Dodô e Osmar” foi fundado no ano em que eu nasci, em 1974. Não bastasse essa feliz coincidência, a exemplo do grupo, em 2024, com a mercê de Deus, irei comemorar o Jubileu de Ouro. Enquanto isso, em 2023, Betinho, Armandinho, Aroldo e André celebram e rememoram o legado de Osmar Álvares de Macêdo e o seu Centenário de Nascimento, aos 22 de março de 2022.
Ter a honra de contar a história do “Trio Elétrico Armandinho, Dodô e Osmar”, de conhecer os meninos de seu Osmar e tê-los na condição de ídolos, mas, sobretudo de amigos, dá viço e vigor à minha condição de historiador e de pesquisador do Carnaval baiano, a partir da imensa genialidade dos parceiros Dodô e Osmar, dos Irmãos Macêdo e de todo o potencial e força criativa e lúdica da música trieletrizada.