Mastologista do Ipesaúde alerta sobre o câncer de mama

21 de outubro de 2022 - 10:13, por Marcos Peris

O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais incidente entre as mulheres. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), afeta 57 mil mulheres por ano no Brasil. Hoje, no Dia Internacional de Combate ao Câncer de Mama, (19), o mastologista do Ipesaúde, Wagner Vieira tira dúvidas sobre o câncer de mama e aborda a importância do diagnóstico precoce da doença.

Não há ninguém que conhece mais sua mama que você. O mastologista explica que quando a mulher conhece bem seu corpo, pode identificar com mais facilidade alterações que possam surgir, e assim levar a queixa — de forma rápida, mas sem angústia — para seu médico. O autoexame é recomendado após o período menstrual, com uma das mãos atrás da cabeça e a outra livre para apalpar toda a mama, usando as pontas dos dedos. Se houver algo diferente procure um profissional e não deixe para depois.

A doença representa 28% dos novos casos de câncer que surgem a cada ano, por isso que se tocar é um ato de amor próprio. A campanha do Instituto Nacional do Câncer (INCA) deste ano aborda o questionamento “Câncer de mama: vamos falar sobre isso?”, com a intenção de facilitar o diálogo entre as mulheres e o profissional de saúde. Por isso é importante frente a qualquer alteração mamária tirar dúvidas.

Para Wagner Vieira, encorajar as mulheres é essencial para se informarem sobre o avanço significativo do tratamento nos últimos anos. Pois quanto mais rápido e precoce o diagnóstico, melhores serão as possibilidades de tratamento — com menos transtornos, mais toleráveis e muito mais eficientes.

Mamografia deve ser exame de rotina

“Normalmente a doença é diagnosticada em exames de rotina quando se percebe um nódulo na região dos seios”, comenta. Iniciativas como o autoexame são fundamentais para a prevenção, visto que nos estágios iniciais a doença é assintomática. Segundo pesquisas, o diagnóstico precoce do câncer de mama pode levar à cura em 90% dos casos. Isso se deve ao exame de mamografia, preconizado como mais importante para o rastreamento do câncer de mama. E também considerado um dos procedimentos mais eficazes na detecção precoce do câncer.

O exame é realizado no mamógrafo, através da compressão de cada mama, onde são obtidas imagens de alta qualidade, que ajudam o médico a identificar tumores que ainda estão pequenos demais para serem sentidos durante o exame de toque. “É importante salientar que a radiação é muito baixa e não devemos associar a realização do exame com o aumento de risco do câncer”, alerta o mastologista Wagner.

A indicação é que a mamografia deve ser realizada anualmente, após os 40 anos de idade, até a mulher se sentir confortável e em condições físicas e mentais para realização. De acordo com o mastologista, a maioria dos achados nas mamas são benignos, todavia o maior temor das pacientes é sobre o risco de sua queixa ser câncer. A melhor maneira para lidar com a situação além de estar atenta aos sintomas, é essencial manter as consultas médicas e exames em dia.

“Independente da idade dá para se tratar com menos efeitos colaterais. Quando é na fase inicial, quando é pequeno, há chances de resolver com menos transtorno”, explica o mastologista. Ele acrescenta ainda que para a maioria das mulheres este câncer é sinônimo de medo, para desmitificar essa situação é preciso informar e esclarecer que as opções de tratamento evoluíram muito. “Atualmente um tratamento mais eficiente e menos traumático já é uma realidade”, destaca.

Como evitar?

Para afastar fatores de risco que podem desencadear a doença, algumas medidas podem ser tomadas como prevenção. Segundo um levantamento do INCA, 30% dos casos poderiam ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis. O mastologista do Ipes listou algumas:

– Manter uma alimentação saudável e de qualidade

– Praticar atividades físicas e manter o peso corporal adequado

– Evitar tabagismo e excesso de bebidas alcoólicas

– Amamentação deve ser estimulada por pelo menos 6 meses

“Normalmente a doença é diagnosticada em exames de rotina”, explica Wagner

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