UFS está entre as 25 universidades com melhor desempenho em ranking de desenvolvimento sustentável

6 de maio de 2022 - 09:18, por Marcos Peris

A Universidade Federal de Sergipe está entre as 25 universidades com melhor desempenho, no Brasil, no Impact Rankings 2022, elaborado pela instituição britânica Times Higher Education (THE). O ranking é o único levantamento de desempenho global que avalia as universidades em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

O Impact Rankings 2022 está na quarta edição e inclui 1.406 universidades, de 106 países/regiões. Na região Nordeste, a UFS está entre as quatro primeiras.

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são metas adotadas pela ONU, como um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade.

São 17 categorias para abranger as ações almejadas pelas Nações Unidas, e que foram adotadas pela THE para realizar o levantamento das universidades. Os ODS abarcam, por exemplo: Erradicação da Pobreza; Fome Zero e Agricultura Sustentável; Educação de Qualidade; Cidades e Comunidades Sustentáveis; entre outros.

“Recebemos com extrema alegria o resultado [do Impact Rankings]”, diz o reitor da UFS Valter Santana. “Ele demonstra toda a preocupação que a universidade tem em garantir um processo de formação adequado para os nossos alunos, e também demonstra que é uma universidade que se preocupa com a sociedade, com o desenvolvimento social, uma universidade que se preocupa com a inclusão”, completa Valter.

O reitor salienta ainda que o desempenho da UFS expressa mais do que a preocupação institucional com as pautas sociais e de sustentabilidade. “Apresenta também a visão dos nossos docentes, técnicos e alunos em fomentar uma educação de qualidade, uma educação transformadora, que transforma a vida dos nossos alunos e transforma a sociedade ao nosso redor”, pontua.

Contra a fome e pela saúde e educação

Os ODS em que a UFS melhor se destacou foram o Fome Zero e Agricultura Sustentável, Saúde e Bem-Estar e Educação de Qualidade. No quesito Fome Zero, a UFS ficou em terceiro no Brasil, atrás apenas da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal de Uberlândia.

O índice mede as pesquisas realizadas nas universidades sobre fome, seu ensino sobre sustentabilidade alimentar e o compromisso no combate ao desperdício de alimentos e no combate à fome nos campi e na comunidade.

A realidade em que a UFS se enquadra apresenta um desafio no que se refere ao combate à fome. Além da sensibilidade dos pesquisadores da instituição em se preocuparem com o tema em seus estudos, a própria universidade esteve atenta à situação de vulnerabilidade em que vivem muitos dos seus alunos.

O pró-reitor de assuntos estudantis, Marcelo Mendes, conta que a gestão da UFS considerou a situação econômica do país, sobretudo no contexto pandêmico, para universalizar o acesso à alimentação institucional. “Entendemos a conjuntura política e econômica nacional, a crise que o Estado brasileiro está vivendo, no que tange ao emprego, às inseguranças sociais. E certamente essas questões de ordem conjuntural afetam as famílias, afetam os nossos alunos”, explica o professor.

“Dentro das ações de planejamento da nossa pró-reitoria, integrada com toda a gestão da UFS, analisamos e entendemos a importância da necessidade, mesmo com o cortes nos recursos da universidade, de ampliar o fornecimento da alimentação institucional para todos os campi, para todos os alunos”, diz Marcelo.

Até 2019, a UFS fornecia 980 mil refeições anuais. Mesmo com o aumento do custo da alimentação no país — incluindo a que é adquirida pela universidade —, a UFS atingirá, quando 100% das atividades acadêmicas tiverem retornado, o fornecimento de mais de 1,6 milhão de refeições ao seu alunado.

“A alimentação institucional é um direito do aluno, uma garantia de que será assegurado a ele o quadro de segurança alimentar e nutricional, mas é também uma garantia de sua maior permanência no campus, permite que ele vivencie o tripé ensino-pesquisa-extensão”, defende Marcelo.

O desempenho da UFS no ODS Educação de Qualidade também contribuiu para o resultado geral. A pontuação põe a universidade na 18ª colocação nesse quesito. Ele mede a contribuição das universidades para o ensino — nos anos iniciais e ao longo da vida —, as pesquisas realizadas na área de educação e seu compromisso com a educação inclusiva.

No índice Saúde e Bem-Estar, a UFS está entre as 25 melhores do país. Ele avalia as pesquisas das universidades sobre as principais doenças, o suporte às profissões da saúde e a contribuição para a saúde dos alunos e funcionários.

Observatórios sociais

A integração da Universidade Federal de Sergipe com as demandas da comunidade é acompanhada e estimulada, desde 2019, por um setor em sua estrutura administrativa: os Observatórios Sociais. Um dos objetivos é produzir diagnósticos e ações para a solução de problemas na comunidade, com foco na melhoria da qualidade de vida, na preservação do meio ambiente e na busca do desenvolvimento com sustentabilidade.

Para isso, o setor passou a integrar a plataforma de Impacto Acadêmico das Nações Unidas. A relação dos Observatórios Sociais com a ONU tem a meta comum de buscar atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS. A coordenadora dos Observatórios da UFS, Karyna Sposato, comemora o desempenho da UFS no Impact Rankings 2022.

“É muito gratificante saber que a UFS está na 24ª posição do ranking THE sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, de um universo de mais de 1.400 universidades avaliadas no mundo. Esse resultado demonstra como nossas ações de pesquisa, extensão e ensino têm atendido aos 17 ODS da agenda 2030, então deve ser muito comemorado”, diz a docente.

“Especialmente para os Observatórios Sociais da UFS, que vêm trabalhando na sistematização dessas ações e integrando em nome da UFS diferentes redes que trabalham com os ODS, [o resultado] é mais um incentivo que nos encoraja a continuar desenvolvendo nosso trabalho em prol de uma universidade cada vez mais sensível às demandas locais e ao desenvolvimento do estado de Sergipe”. conclui Karyna.

Fonte: Ascom UFS