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Estudantes do Colégio José Augusto Vieira (CJAV) estão na final da 11ª ONHB
21 de junho de 2019 - 08:53, por Marcos Peris
Em sua primeira participação na Olímpiada, o CJAV consegue chegar à final que acontecerá nos dias 17 e 18 de agosto em Campinas – SP.
Nessa quinta-feira (20), saíram os nomes dos convocados para a final da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB). A Olimpíada é um projeto de extensão da Universidade Estadual de Campinas, desenvolvido pelo Departamento de História por meio da participação de docentes, discentes de pós-graduação e de graduação. O projeto conta com 6 fases online e a final presencial em Campinas – SP.
Esse ano a Olímpiada contou com recorde de participantes, foram mais de 73 mil inscritos em todo país, divididos em equipes (18505), cada equipe conta com três alunos e um professor orientador. Participam da olimpíada alunos de Ensino Fundamental (8º e 9º ano) e Ensino Médio. O estado de Sergipe participou esse ano com 220 equipes de escolas públicas e particulares.
Neste cenário de conhecimento, aventura e interação, alunos do Colégio José Augusto Vieira (CJAV), ávidos por descobertas e fascinados por um novo mundo que se abriu bem diante de suas retinas, mergulharam em busca de uma nova experiência em suas vidas.
Foram 16 equipes inscritas em um total de 48 alunos (9º ao 3º ano), que desde o final de abril abdicaram de seus finais de semana de lazer e regalias por algo bem maior: o conhecimento. Como era a primeira experiência desses garotos, a expectativa tanto para os professores envolvidos, como para os próprios discentes, era apenas de criar laços para que em anos vindouros o amadurecimento pudesse render frutos.
No entanto, a entrega, a interação, o protagonismo, o nível de leitura e a sede por conhecimento dessa juventude, fizeram com que as primeiras barreiras fossem ultrapassadas, as fases iniciais foram vencidas com esforço, dedicação e comprometimento. Assim, com tamanho esmero, três equipes chegaram a sexta fase da competição, foi sem dúvida uma experiência única e que serviu de estímulo para os discentes da instituição que já se sentem entusiasmados para também buscarem um lugar ao sol e, sob o brilho de Clio, caminharem nas próximas edições.
Somos sabedores que para alcançarmos grandes patamares, é preciso de apoio e orientações, para tanto a instituição nas pessoas de Leire Daiane (Diretora) e Joabe Bernardo (coordenador pedagógico), buscou desde o início construir pontes para que os alunos pudessem se inteirar nessa competição. Também é preciso destacar a inspiração proporcionada pelas professoras Aline Rocha (cuja presença em sala de aula é vista como um porto seguro para os alunos) e Edla Tuane (de importância incalculável, tanto na disponibilidade das reuniões como no brilho que é peculiar em seu entusiasmo e empolgação), bem como, as orientações da professora de redação Jaqueline Nascimento, que abraçou a causa e não mediu esforços, mesmo diante de uma agenda recheada de compromissos, para caminhar com esses jovens, levando sempre uma palavra reflexiva nos momentos mais turbulentos da competição.
A ONHB ao longo de suas provas e tarefas coloca o aluno diante de uma realidade bem diferente do contexto em sala de aula, na verdade há um certo distanciamento do ensino propriamente dito e as provas aplicadas pela organização da Olímpiada. Logo, é pertinente que os professores possam repensar a suas práticas pedagógicas e a competição abre um leque de caminhos para serem explorados e lacunas a serem preenchidas.
É sabido que o trabalho em equipe traz ganhos para os estudantes, a ONBH nos dá provas concretas dessa premissa. Não obstante a correria do cotidiano escolar, a equipe intitulada “LIGA DA DEMOCRACIA”, composta por Camila Corrêa, Maria do Carmo e Agenor Neto, conseguiu a façanha de se classificar para a final presencial que acontecerá em Campinas nos dias 17 e 18 de agosto, como a primeira colocada do estado. Os discentes são do 2º ano do Ensino Médio, destaques em todas as disciplinas da grade curricular. Para essa competição resolveram unir forças e formaram uma equipe consistente e vitoriosa. Para chegarem a essa final desenvolveram em uma das tarefas um trabalho de resgate da história de José Corrêa Sobrinho, bem como, suas façanhas enquanto vereador e comerciante de Lagarto.
O envolvimento com a competição possibilita uma experiência ímpar para os envolvidos. Para Camila Corrêa, integrante da equipe finalista: “participar da 11ª ONHB tem sido uma experiência desafiadora e gratificante de muitas maneiras. Primeiramente, encaramos a tarefa de equilibrar a agenda escolar do segundo ano do Ensino Médio e as responsabilidades provenientes da Olimpíada. Depois, nos vimos cercados por ansiedade e angústia a cada segunda-feira, na espera pelos resultados das respectivas fases. Com muito esforço e dedicação, junto ao suporte do mestre Renato Araujo, conseguimos chegar até aqui. Definitivamente, nossa carreira acadêmica foi marcada pela ONHB de forma inimaginável. Agradecemos a Deus e a todos que nos apoiaram nessa jornada”.
As palavras de Camila só reforçam a importância da ONHB no cenário educacional para o crescimento intelectual dos participantes. Para Renato Araujo, a Olímpiada de história é um divisor de águas na carreira dos professores e alunos. A conquista da equipe foi a vitória de um trabalho ético, respaldado em valores e princípios cuja finalidade é sempre refletida no protagonismo de seus alunos. A equipe finalista leva na bagagem a certeza que está pronta para enfrentar os próximos desafios e consciente da responsabilidade em representar o berço de Silvio Romero em plagas distantes.
Para chegarem a essa final desenvolveram em uma das tarefas um trabalho de resgate da história de José Corrêa Sobrinho, bem como, suas façanhas enquanto vereador e comerciante de Lagarto.
(professor Renato Araujo)