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UM LUGAR PARA JOEL SILVEIRA MORAR
16 de outubro de 2018 - 05:54, por Claudefranklin Monteiro
Andarilho desde a mais tenra idade, o lagartense (sim, agora estou convencido disso), enfim retorna para a Sergipe. Sua memória está, finalmente, garantida e sua imortalidade, também. Méritos para a Universidade Tiradentes: última paragem da víbora.
Na noite do dia 15 de outubro de 2018, dia dedicado aos professores, o Professor Jouberto Uchoa proporcionou aos sergipanos mais um gesto de amor por sua história e pelos sujeitos que a tornaram grande. Numa solenidade marcada por muita emoção e contando com a presença de diversas autoridades, do campo político ao campo cultural e intelectual, a Universidade Tiradentes, Campus Farolândia, em Aracaju, promoveu uma celebração em torno do Centenário do jornalista Joel Silveira.
À primeira vez que escrevi sobre Joel Silveira, eu estava às voltas de uma discussão sobre suas origens: se lagartenses ou aracajuanas. Uma emissora de rádio de Lagarto propagava por seus microfones que ele não havia nascido na terra de Sílvio Romero. Liguei para o saudoso Luiz Antônio Barreto, que me asseverou que ele havia nascido em Aracaju, embora fosse filho de pais lagartenses e feito sua formação inicial na cidade de Lagarto.
Naquela noite de 15 de outubro de 2018, enfim me convenci que tudo não passa de uma questão de maternidade ou lugar onde se nasce, pois o que define a identidade é o pertencimento. Meus dois filhos, Pedro e Júlia, nasceram na Clínica Santa Helena, em Aracaju. Esta informação está em seus registros de nascimento. Alguém tem dúvida que eles são l
agartenses?
Ainda sobre a Solenidade da UNIT, não faltou o cheiro da jaca e a presença identitária de nós, os lagartenses. O cerimonialista, o jovem Jefferson Marx Silva Mesquita, eu, e todas as inúmeras referências a Lagarto, proferidas pelo professor Jouberto Uchoa e, sobretudo, por um dos convidados e homenageados daquela noite: o consagrado jornalista e amigo e Joel Silveira, Zevi Ghivelder (generoso nas palavras e nos gestos de atenção para quem acorreu a ele).
Estavam presentes à solenidade a filha (Elizabeth) e o neto (Rodrigo) de Joel Silveira, ambos, também homenageados naquela noite. Em suas palavras de agradecimento, Elizabeth Silveira disse que nos últimos anos de vida, Joel lamentava que os sergipanos tivessem se esquecido dele. Ela doou à Universidade Tiradentes todo o acervo do pai, incluindo suas condecorações de guerra. Joel, como é conhecido de todos, foi correspondente da Segunda Guerra Mundial, missão que lhe foi confiada pelo jornalista Assis Chateaubriand.
Natural da cidade de Lagarto, Joel Silveira nasceu no dia 23 de setembro de 1918 e morreu na cidade do Rio de Janeiro, em 15 de agosto de 2007. Uma de suas últimas entrevistas foi para o repórter Genetton Moraes Neto, no documentário “Garrafas ao mar: a víbora manda lembranças”, da Globo News.