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Quatro municípios sergipanos têm baixa cobertura vacinal contra a poliomielite
14 de julho de 2018 - 05:00, por Marcos Peris
Portal Lagarto Notícias
O Brasil pode voltar a sofrer com a reintrodução da poliomielite, uma vez que, segundo o Ministério da Saúde, 312 municípios brasileiros têm baixas coberturas vacinais, principalmente em crianças menores de 1 ano. O dado foi divulgado pela coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (PNI), Carla Domingues, durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT).
Segundo o documento, entre os 312, quatro municípios sergipanos aparecem com cobertura vacinal abaixo de 50% para a poliomielite, são eles: Monte Alegre de Sergipe (24,32); Simão Dias (29,17); Siriri (37,94) e Pinhão (48,62). Além deles, outras dezenas de municípios, com destaque para os baianos, figuram na lista da baixa cobertura vacinal.
E, como a poliomielite é uma doença já erradicada no país, os dados ascenderam uma luz vermelha no Ministério da Saúde, que teme a reintrodução da doença no país. Para Carla Domingues, todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas para evitar o problema. “É uma questão de responsabilidade social”, diz a coordenadora do PNI.
Medidas tomadas
Diante da situação, o Ministério da Saúde informou que tem orientado os estados e municípios a organizarem suas redes de saúde, através da readequação dos horários de funcionamento com os da população; reforçar as parcerias com as escolas e creches; além da atualização constante dos sistemas de informação.
Além disso, o MS informou que o período de vacinação contra a poliomielite deve ocorrer antes do inverno e que, por isso, os pais devem atualizar a caderneta de vacinação dos seus filhos. “Uma oportunidade de atualizar caderneta será na próxima Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, que acontecerá no período de 6 a 31 de agosto de 2018″, destacou o ministério.
Sobre a Pólio
A poliomielite ou “paralisia infantil” é uma doença infecto-contagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. O déficit motor instala-se subitamente e sua evolução, frequentemente, não ultrapassa três dias. Acomete em geral os membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como principal característica a flacidez muscular, com sensibilidade conservada e arreflexia no segmento atingido.
A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus.