Manifestação realizada em Lagarto pede saída de Temer e Intervenção Militar

29 de maio de 2018 - 05:00, por Marcos Peris

Portal Lagarto Notícias

Na tarde da última segunda-feira (28), alguns caminhoneiros e populares realizaram um grande buzinaço pelas ruas do município de Lagarto, em apoio a greve dos caminhoneiros, deflagrada no começo da última semana. Uma das principais críticas feitas pelos líderes do movimento era em relação a política de preços adotada pela Petrobrás sobre os combustíveis.

Além disso, os participantes do movimento pediam a imediata saída de Michel Temer (MDB) da Presidência da República, seguida de uma intervenção militar. Entretanto, a ideia foi abraçada por alguns, que via na intervenção a solução para os problemas nacionais, e criticada por outros que viam o pedido como um retrocesso na vida pública brasileira.

Mas, coincidência ou não, ainda na última segunda-feira (28), a Folha de São Paulo divulgou uma entrevista com o general da reserva Antônio Mourão, o qual afirmou ser contra aos pedidos de intervenção militar, acrescentando que por trás dele hão aproveitadores.

“Tem gente que quer as Forças Armadas incendiando tudo. E a coisa não pode ser assim, não pode ser desse jeito. Não concordo. Soluções dessa natureza a gente sabe como começa e não sabem como terminam. Acho que a coisa tem que ser organizada, concertada. Se o governo não tem condições de governar, vai embora, renuncia. Antecipa as eleições, faz qualquer coisa, mas sai do imobilismo dele”, disse o militar.

No Brasil, a intervenção militar representou um período que ficou historicamente marcado por ser a Ditadura Militar brasileira, entre os anos de 1964 e 1985 (mais de 20 anos). O período é lembrado nos livros de história pela repressão a movimentos grevistas, liberdade de pensamento e censura a imprensa.