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Sales Neto: “Belivaldo Chagas e Jackson Barreto possuem as maiores chances de ganhar a eleição”
6 de maio de 2018 - 20:46, por Alexandre Fontes
Portal Lagarto Notícias
Neste domingo (6), o entrevistado é o secretário de Estado da Comunicação Social, Sales Neto, de 46 anos. Durante a conversa, o jornalista falou da sua chegada a Sergipe e da sua trajetória profissional à frente da Secom em diversos governos, desde o saudoso Marcelo Déda, passando pelo ex-governador Jackson Barreto e permanecendo no mandato de Belivaldo Chagas.
Durante a entrevista, Sales Neto relembrou a sua trajetória até o momento em que assumiu o comando da Secom do Governo do Estado, bem como fez uma avaliação da atuação da sua pasta nas duas últimas gestões estaduais, elecando os desafios atuais da comunicação. Ele também falou do uso das redes sociais, que desde a era Marcelo Déda era vista como uma força potencial.
Em relação a política estadual, o secretário explanou sobre as mudanças orquestradas pelo governador Belivaldo Chagas e dos difíceis momentos enfrentados pela gestão Jackson Barreto. Como resultado, e longe dos títulos oficiais, Sales informou que tanto Belivaldo como JB têm chances reais de serem eleitos, enquanto outros serão esfacelados.
Confira a Entrevista da Semana na íntegra:
PLN: Quem é o homem por trás do título de Secretário de Estado da Comunicação Social?
SN: Cheguei em Aracaju em 1991 com 19 anos para morar com meu pai. Trabalhei em agências de publicidade passando por diversos setores desde atendimento, planejamento, produção e até na redação. Em 1997, entrei na faculdade de jornalismo, concluindo-a no ano de 2001. Sempre trabalhei com assessoria e em 2007 entrei no Governo de Sergipe como coordenador da assessoria de comunicação da Secretaria de Turismo, atendendo a um convite de João Augusto Gama. Já em 2009, Carlos Cauê me convidou para trabalhar na Secretaria de Estado da Comunicação Social, onde passei pelos cargos de Diretor de Projetos, Diretor de Jornalismo, Secretário-Adjunto e em 2014 com a saída de Cauê para cuidar da campanha de reeleição do ex-governador Jackson Barreto, tornei-me Secretário de Comunicação, cargo que ocupo até hoje no governo de Belivaldo Chagas.
No campo pessoal, sou uma pessoa de hábitos simples, avesso a badalações, holofotes, e que ama seu trabalho e sua família. Quando não estou trabalhando, estou com minha família.
PLN: Como descreveria o funcionamento da Secretaria de Comunicação do Governo do Estado? Quais os principais desafios? Como tem lidado com elas e que marca pretende deixar a frente da pasta?
SN: As estruturas das assessorias de comunicação governamentais em todo país são bem similares e olhe que eu já tive oportunidade de conhecer muitas Brasil afora. E todas elas têm um grande desafio. Estamos ainda, na sua grande maioria, com um modelo do século XX tentando resolver desafios do século XXI. É preciso remodelar esse sistema. Precisamos ter uma coordenação que ao mesmo tempo seja centralizada no comando e na disseminação das estratégias e dos controles, mas bem mais flexível, com fluxo horizontal, equipes multidisciplinares capazes de abranger todas as possibilidades que unem a comunicação Omnichanel, que são os multicanais, englobando o mundo digital, online, e os meios off-line. Hoje não temos isso na maioria das assessorias governamentais, salvo em raríssimas exceções. O problema é de modelo. Temos algumas ideias para enfrentar essas questões e vamos colocar em prática.
PLN: O senhor defende que os secretários de comunicação assim como o assessor de comunicação não desenvolvam um papel midiático. Por isso, como tem desenvolvido esta ideia nos ambientes do rádio e da televisão que demandam de uma voz física no esclarecimento de eventualidades, principalmente neste ambiente de crise econômica?
SN: Defendo que é preciso ter critérios. Aqui em Sergipe, percebo que existe uma cultura de que os secretários de comunicação precisam estar na linha de frente do embate midiático. Se não estiver constantemente debatendo nas emissoras de rádio, nos grupos de redes sociais, para muitos não está cumprindo sua obrigação. É cultural mesmo. O trabalho primordial do secretário de comunicação é estratégico, no máximo tático, e quase nada operacional, a não ser em alguns casos que exigem uma palavra oficial do governo.
Existem diversas instâncias de governo, e cada caso deve ser tratado por uma dessas instâncias, a depender do grau de complexidade do assunto. Vai ter assunto que deverá ser esclarecido pelo assessor da área, outros pelos gestores das áreas, alguns pelo secretário de comunicação, e outros, devido à gravidade ou novidade, pelo próprio governador. É preciso ter experiência e sabedoria para distinguir uns dos outros. O importante mesmo é que a opinião pública tenha esclarecimento. Todos os nossos esforços devem ser direcionados para atender a população.
PLN: Embora o senhor tenha afirmado que está conseguindo dar conta do recado à frente da Secom do Governo do Estado, como foi a experiência de trabalhar com o ex-governador Jackson Barreto, lidando com críticas ao Governo que o senhor faz parte?
SN: O ex-governador Jackson Barreto enfrentou a pior crise financeira pela qual o país e Sergipe passou nas últimas décadas. Foi muito sofrido ver um homem com a história dele ser tão limitado em suas ações por conta dessas dificuldades, mas mesmo assim, ele conseguiu fazer muitas coisas. Entretanto, o que não conseguimos mesmo foi mostrar da forma como deveríamos por que não houve recursos para a comunicação como seria adequado.
Nos últimos três anos, tivemos os menores investimentos do governo em comunicação dos últimos 20 anos. Não por culpa do governo ou do governador, mas por que não teve recursos mesmo. Entre priorizar dinheiro para comunicação e colocar combustível em viaturas policiais, pagar merenda escolar, remédios, o governo priorizou essas demandas. Não existe milagres, comunicação, para ser eficiente, precisa de recursos. Mídia, produção de conteúdo, custam recursos significativos e tivemos muito pouco. Converso com muitos secretários de estado da comunicação de outros estados, os governos mais bem avaliados estão sempre na mídia, fazem investimentos pesados, de três a quatro grandes campanhas por ano, e com isso mostram com muita intensidade as obras e ações dos seus governos e eu não tive essas condições. A eficiência da mensagem está diretamente ligada a frequência com que ela é disseminada. Comunicação é frequência.
PLN: O senhor participou ativamente nas Secretarias de Comunicação dos Governos Déda, Jackson e Belivaldo. Diante disso, com ênfase nos dois últimos nomes, qual deles demonstraram mais afinidade com as Mídias Digitais?
SN: Marcelo Déda era um estudioso. Pegou o início deste movimento. Usava bem o Twitter e sabia da importância das mídias digitais. Na sua gestão foi criado o Núcleo de Comunicação Digital na Secom, que existe até hoje. Eu me lembro que em 2008 trabalhei como jornalista de rua na campanha de reeleição do prefeito Edvaldo Nogueira. Naquela época era MSN, Orkut e o Twitter começando. Em 2010 fui o diretor de jornalismo da campanha de Marcelo Déda. O Twitter estava no auge, MSN não se usava mais, Orkut menos, o Facebook iniciava sua influência, enquanto o WhatsApp não existia. De lá pra cá, muita coisa mudou. Aliás, tudo muda muito rápido.
O ex-governador Jackson Barreto sabe exatamente a importância das mídias digitais e sempre incentivou e cobrou a sua utilização. Belivaldo Chagas é um usuário das redes e conhece bem sua influência. Com seu apoio estamos tendo a oportunidade de executar um projeto que vai avançar a maneira da utilização das mídias sociais para um novo patamar. Não posso dar detalhes por que é muito estratégico. Mas ele entendeu, aprovou e determinou a implantação desse novo modelo que vai fazer muita diferença daqui por diante.
PLN: O governador Belivaldo Chagas tem mostrado que não está para brincadeira, pois tem tomado medidas urgentes e dado declarações nunca antes ouvidas de um governador do Estado, como foi em sua primeira visita ao Huse. Mas ele é disciplinado às observações oficiais e pragmáticas da Comunicação, ou rompe muitos paradigmas?
SN: O governador Belivaldo Chagas tem um estilo muito próprio, um “jeitão” todo dele, que é muito diferente de tudo que já vimos. Ele está apenas sendo autêntico, implementando esse seu jeito e fazendo as coisas acontecerem. Ele tem experiência administrativa, é super focado, sério, inteligente e trabalhador. É normal terminar o expediente depois das 21h, chegando até em algumas vezes sair do Palácio de Despachos depois das 23h. Um dia desse, um político pediu para fazer uma selfie com ele, pois passava das 22h e a esposa não acreditava que ele ainda estava despachando com o governador (risos). Conforme vai implementando seu trabalho, a população começa a perceber que ele tem todas as condições de levar Sergipe com segurança em direção a um futuro brilhante.
PLN: Como a chegada de Belivaldo alterou o ritmo e o modus operandi da Secom das demais secretarias de Estado? Em sua ótica, qual o principal objetivo do governador até o dia 31 de dezembro?
SN: Estamos todos empenhados em acompanhar o ritmo do governador e dar as respostas adequadas ao seu estilo de trabalho. É uma questão de adaptação e acredito que todos estamos conseguindo, uns de forma mais rápida, outros correndo atrás, mas todos focados. O objetivo do governador Belivaldo Chagas é apenas um: atender aos anseios da população de Sergipe, fazendo aquilo que é preciso fazer e que o povo espera que um governante faça. Não tem roda a ser inventada, mas é preciso muito trabalho para fazer o que precisa ser feito. E trabalho está tendo.
PLN: O senhor já foi secretário adjunto do experiente Carlos Cauê, uma das referências em Marketing Político e Eleitoral no estado de Sergipe, qual a relação que Sales Neto tem com o seu antecessor?
SN: Cauê é uma referência para todos nós que trabalhamos neste segmento da comunicação. Constrói sua carreira de sucesso com muito trabalho e competência. Sou muito grato por ter me dado oportunidades, ter acreditado em meu trabalho. Minha relação com ele é de muita consideração, carinho e amizade.
PLN: É natural que Sales acredite na vitória do grupo governistas nas Eleições de 2018. Em meio à crise política que vive o Brasil, quais os desafios de Belivaldo e Jackson para obterem êxito?
SN: Não se trata de acreditar. Trata-se de ciência, estatística, Belivaldo Chagas e Jackson Barreto possuem as maiores chances de ganhar a eleição. Quem analisa números profundamente e tem as ferramentas corretas nas mãos, como as pesquisas para consumo interno que nós temos, faz os cruzamentos de dados corretos, de forma séria, e chega nessa conclusão. Ainda é muito cedo, muita água há de passar pela ponte e quando o período eleitoral pegar tração, nós iremos ver quem vai consolidar, crescer, e quem vai esfarelar. É outro assunto que também não posso falar muito, mas uma coisa posso falar com certeza, as maiores chances estão a nosso favor.
PLN: O senhor também tem atuação na sala de aula, como tem sido a experiência de lecionar em cursos de MBA?
SN: Veja como é o destino. Mais uma vez eu entro em uma vaga deixada por Cauê que por ter assumido outros compromissos profissionais, precisou deixar de dar aula no MBA de Comunicação da Fanese, exatamente na cadeira de Marketing Eleitoral e Político. Fui convidado e aceitei esse desafio que tem sido para mim muito gratificante. Dar aulas não estava nos meus planos, mas tem feito eu entrar em uma linha de pesquisa muito importante para mim e acredito que para os alunos também. Ensinar também é aprender e estamos aprendendo e ensinando juntos.
PLN: O secretário Sales Neto tem praticado atividade física, inclusive participando de corridas de rua, o que levou a prática de esporte?
SN: A atividade física entrou em minha vida numa busca por mais saúde e qualidade de vida. Entrou e ficou. Hoje ocupa uma parte importante da minha rotina e já não saberia viver sem ela. É preciso muita dedicação, força de vontade e disciplina. Não é fácil acordar 4h para treinar, mas eu vou, com tempo bom ou com a maior chuva, frio, porque meus desafios e minhas metas estou vencendo um a um. Já realizei o sonho de fazer uma meia maratona, são 21 quilômetros, e agora, achando pouco (risos), estou me preparando para fazer um pequeno triátlon em 2019. Meus projetos no esporte são todos de longo prazo, até por que não tenho o tempo necessário para me preparar, não sou atleta profissional, mas aos poucos eu tenho chegado aonde quero. Que venham os novos desafios.
PLN: Qual a mensagem que deixa para os leitores do Portal Lagarto Notícias?
SN: Minhas mensagens são sempre de otimismo. É preciso ter otimismo na vida, coragem para enfrentar os problemas do dia a dia e Fé, que é a certeza absoluta que tudo está nas mãos de Deus e ele não nos desampara jamais. Acreditem nisso.