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Natural de Lagarto, aluna da USP explica as diferenças nutricionais entre as fontes de proteína vermelha e vegetal
13 de dezembro de 2017 - 07:00, por Marcos Peris
Na última terça-feira (12), a nutricionista Bruna Zavarize Reis, natural de Lagarto, mestre em nutrição humana aplicada e doutoranda em Ciência dos Alimentos pela USP, concedeu uma entrevista ao programa Giro do Boi, veiculado no Canal do Boi. Na ocasião, a profissional falou dos benefícios do consumo da carne bovina e quais são os grupos que mais precisam dos nutrientes contidos na proteína vermelha, como o ferro.
Segundo Reis, em comparação com as fontes de proteína vegetal, a carne vermelha é melhor aproveitada pelo organismo. “Soja, ervilha ou qualquer outra fonte proteica vegetal são menos aproveitadas pelo organismo apesar de serem fontes altas de proteína. Por exemplo, a quantidade de aminoácidos essenciais é muito inferior ao que tem na carne, então a carne é uma fonte de proteína disparadamente boa”, afirmou a doutoranda em ciência dos alimentos.
Para Reis, um dos benefícios do consumo da carne bovina está no quanto o nutriente contido no alimento pode ser absorvido pelo organismo de quem o consome. “A gente diz que o ferro da carne é mais biodisponível, ou seja, é mais bem absorvido, aproveitado e atinge mais a sua função no organismo na comparação com o ferro de origem vegetal”, reforçou a nutricionista, fazendo uma comparação com o feijão, outra reconhecida fonte de ferro.
De acordo com a mestre em nutrição humana aplicada, o grupo alimentar da carne bovina perde somente para o grupo vísceras (seja de bovinos ou outros animais) no quesito biodisponibilidade de ferro.
Segundo Bruna, existem grupos de pessoas que têm necessidade maior desta fonte de ferro, como as crianças e os idosos, por terem gasto energético maior, e as mulheres, por conta de perderem o mineral durante a menstruação. “A carne vermelha, especificamente, tem maior concentração de ferro e simplesmente excluir da dieta sem acompanhamento profissional pode ter efeitos deletérios para a saúde“, advertiu. Para os homens, a necessidade está ligada à necessidade de formação de hemoglobinas para fazer circular o oxigênio pelo sangue, processo do qual o ferro é parte imprescindível.
A nutricionista avisou também que a adoção de dietas vegetarianas deve ser acompanhada pela orientação profissional, visto que a exclusão das carnes, e não somente a bovina, da dieta pode levar a diversos tipos de anemia por deficiências de ferro, vitamina B12 ou zinco, por exemplo.
No entanto, Reis pediu atenção com o consumo excessivo, sobretudo das carnes com maior teor de gordura. “Pensando em pacientes com qualquer tipo de doença, como o renal crônico ou quem tem insuficiência digestiva, o excesso de carne pode, sim, ser prejudicial pelo excesso de proteína e gordura. Em pessoas saudáveis, não tem esse limite”, disse, recomendando o consumo de carne até cinco vezes por semana, intercalando com outros tipos de carnes brancas, como aves e peixes.
Fonte: Giro do Boi