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Vereador Genaro: “Muito do que foi pregado em campanha não foi e nem vejo possibilidade de ser realizado no transcurso deste mandato”
3 de dezembro de 2017 - 19:58, por Alexandre Fontes
Portal Lagarto Notícias
O município de Riachão do Dantas tem sido ao longo desde ano, palco de polêmicas relacionadas a administração municipal. Sabendo da importância que a pequena e notável cidade da região Centro-Sul tem no cenário interiorano, o Lagarto Notícias entrevista nesta semana, um dos vereadores mais jovens de Sergipe e o mais votado na coligação da prefeita Gerana Costa (PT do B).
O vereador José Dias de Souza Neto, Genaro de Bodó, tem 22 anos e é filiado ao PSB. Ele foi eleito com 709 votos, está em seu primeiro mandato e fala com exclusividade para um veículo de grande influência no interior sergipano.
Portal Lagarto Notícias- Desde de quando o jovem vereador milita na política?
Genaro de Bodó – Desde da época em que meu pai, o ex-vereador Bodó iniciou a vida pública com os trabalhos comunitários através da associação e posteriormente com o exercício do mandato dele por três legislaturas, além de minha mãe. que também foi vereadora. Vivencio a política diariamente, sempre fui uma pessoa de vida pública, tenho humildade e simplicidade para tratar com carinho e respeito todas as pessoas.
PLN- Por que ser candidato a vereador tão jovem?
GB- Por ver e presenciar práticas políticas que hoje não cabem mais neste cenário político, os problemas urbanos e sociais enfrentados pela cidade e também com o objetivo de proporcionar mais espaço, voz e vez aos jovens, não só de nosso município, mas sim para a sociedade em geral.
PLN- Quais as dificuldades de ser vereador em um município pequeno, como Riachão do Dantas?
GB- São várias dificuldades, entretanto, destaco três: 1) a falta de indústrias ou empresas que gerem empregos que cria uma enorme dependência da prefeitura, por uma boa parte dos munícipes para conseguir um trabalho, 2) ter que lidar com as manobras que ocorrem no sistema político as quais não comungamos e que por estarem enraizadas tão fortemente ao contexto criam vários entraves e desgaste e 3) ter em muitos dos casos por diferentes motivos ter que realizar e prestar serviços que não competem ao legislador.
PLN- O senhor é um dos vereador mais jovens de Sergipe, isso impede em exercer um bom mandato e tomar decisões?
GB- Não. Porque possuo independência sobre meus atos como parlamentar principalmente, agora. Pois, estou conseguindo implantar minhas ideologias tanto é verdade que não concordo com ações da prefeita Gerana relacionado aos projetos polêmicos que poderiam prejudicar a carreira do magistério, o caso sobre os universitários (o qual em primeiro momento falhei gravemente), mas, que por atravessar um novo momento de independência conseguir corrigir a minha falha.
PLN- O nobre edil foi o mais votado da coligação Com a força do povo, da prefeita Gerana Costa (PT do B). O que levou a rompe com a chefe do executivo?
GB- A contradição! Muito do que foi pregado em campanha não foi e nem vejo possibilidade de ser realizado no transcurso deste mandato. Hoje, percebo muita incompatibilidade no que concerne aos planos dela para com o município, diferentemente do que outrora fora pregado em palanques, as questões pessoais estão desviando ela daquilo que seria uma boa administração. Num país democrático de direito não podemos conceber ou aceitar um governo prepotente que tem como máximas a perseguição, a repressão e retaliação.
Não vivemos em uma ditadura! Estamos no Brasil e não na Coréia do Norte, é preciso entender e seguir os princípios e leis estabelecidos na nossa Constituição Federal que em seu Art. 2º onde estabelece que “São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.” Artigo este que deixa claro que ela desconhece ao tentar querer interferir na eleição da mesa diretora da Câmara Municipal para o próximo biênio. Esses foram os principais motivos para o rompimento.
PLN- Menos de um ano de mandato, a prefeita Gerana Costa já teve impasses com os professores, universitários, taxistas e vereadores. O que o senhor acha que ocorreu para que esses fatos ocorressem?
GB- Incompetência e prepotência da atual gestora para administrar (não achei que seria desta forma como está sendo), em razão dos constantes atrasos no pagamento dos salários dos professores, inclusive recebendo por alguns meses fatiado, segundo por ver a educação como gasto público quando na verdade deve ser visto como investimento e terceiro por não expedir alvará aqueles que não votaram nela na última eleição, parece até que não vivemos em um regime democrático.
Vejo que para ser um(a) administrador(a) é preciso deixar as questões pessoais de lado e pensar no povo e na governança, pois ao exercer um cargo público estamos sujeitos a críticas sejam elas construtivas ou não.
PLN- Qual nota o senhor atribui para administração municipal de Riachão do Dantas?
GB- Acredito que minha fala, nas perguntas anteriores respondem melhor essa pergunta, além disso, a população riachãoense que está sofrendo é que pode melhor avaliar a gestão atual.
PLN-Qual a mensagem que deixa para os jovens que desejam ingressar na política?
GB- É preciso e necessário a inserção dos jovens na política de nossa nação, pois temos muito a acrescentar com novas ideias, posturas para o desenvolvimento de um Estado que anseia por novas ideologias, principalmente neste momento de mudanças sociais o qual estamos atravessando.