Cristiano Beltrão: “Faço amigos diariamente e recebo pedidos para disputar as eleições em 2018”

12 de novembro de 2017 - 16:17, por Alexandre Fontes

Portal Lagarto Notícias

Nesta semana, o Portal Lagarto Notícias rompe as fronteiras das regiões Centro-Sul e Sul de Sergipe e entrevista com exclusividade o prefeito de Ilha das Flores, Cristiano Beltrão (PSC). Cidade localizada no Baixo São Francisco.

Segundo o IBGE, a estimativa populacional de Ilha das Flores em 2017 é e 8.611 habitantes.

Na entrevista, o alagoano Christiano Rogério Rego Cavalcante (Cristiano Beltrão), fala da sua vinda ao estado de Sergipe, sua trajetória política e sobre as eleições 2018.

Entrevista da Semana

Entrevista da Semana

Portal Lagarto Notícias – O senhor é natural de Alagoas, há quanto tempo reside no estado de Sergipe? Por que a mudança de estado?

Cristiano Beltrão – Sou alagoano e resido no estado de Sergipe há 12 anos. Na verdade, possuo raízes em Sergipe, pois tenho tios e primos que residem há mais de 40 anos aqui e também antes desse período já havia estudado em Aracaju no Colégio Amadeus no ano de 1996.

PLN- Há quanto tempo o senhor milita na política?

CB- Milito na Política há 13 anos. Iniciei em 2005 como secretário de Finanças de Piacabuçu, Alagoas, permanecendo até o ano de 2008, quando disputei a eleição para prefeito de Ilha das Flores quando saí derrotado do pleito e em 2009 fui nomeado diretor financeiro da Secretaria de Saúde de Coruripe, Alagoas, onde permaneci até o ano de 2011, onde entreguei a diretoria para me dedicar a eleição de 2012. Fui eleito em 2012 prefeito de Ilha das Flores e em 2016 reeleito.

PLN- Por que resolveu em 2012 ser candidato a prefeito de Ilha das Flores? Em 2016 foi reeleito, em meio a uma crise financeira foi um dos 14 prefeitos em Sergipe a obter êxito na reeleição, como destaque tal feito?

CB- Ao assumir a secretaria de Finanças de Piaçabuçu em 2005, logo me identifiquei com a administração Pública. Sou Advogado e minhas raízes são empresariais no ramo imobiliário e de revenda de combustíveis.

Mas a partir de 2006 a paixão pela Política só crescia e por se tratar geograficamente de cidades limítrofes, Piaçabuçu e Ilha das Flores, separaras apenas pelo rio São Francisco, o grupo político de oposição na época me fez o convite para que integrar e escolhermos um candidato para disputar a eleição em 2008. A química aconteceu de imediato e comecei a me introduzir na comunidade Vivi e senti de perto os problemas daquele povo, começamos a construir amizades e a cada dia que passava me sentia mais à vontade na cidade. Então, fui candidato em 2008, perdi, persisti durante 4 anos liderei um grupo político. Fui eleito em 2012 prefeito, recebi uma administração atrasada, falida… uma cidade abandonada, uma herança maldita que me custou os primeiros 3 anos para ajustar a máquina pública.

Quando conseguimos colocar as coisas em ordem, veio o ano de 2016, ano eleitoral e de profundas mudanças políticas no País, como o impeachment da presidente da República, Dilma. Vínhamos do mandato de prefeitos mais sofrido dos últimos 40 anos e com vários itens que fugiam da normalidade, mas, mesmo diante de tantas adversidades conseguimos uma grande vitória, maior que em 2012, umas das maiores vitórias da história política de Ilha das Flores, graças à Deus e ao reconhecimento do povo pelo trabalho revolucionário que fizemos. Destaco dois momentos em nossa cidade: antes e depois de 2013. Com isso, fui um dos 14 refeitos reeleitos em 2016, em Sergipe.

PLN- Quais os principais problemas enfrentados a frente da administração municipal?

CB- Somos uma cidade pequena e estamos localizados na maior região de pobreza de Sergipe. Com isso, a dependência do poder público é gigantesca e a cada dia a escassez de recursos é maior.  Vivemos basicamente de transferências constitucionais, como o FPM e o ICMS. A concentração de recursos na União e no Governo do Estado são imensas, paralelo a isso, as responsabilidades atribuídas aos municípios só aumentam e as fontes de financiamento para cobrir as despesas estão se tornando inexistentes. Por isso, defendemos um realinhamento do Pacto Federativo para que os municípios tenham independência financeira e dessa forma os serviços possam ser prestados com excelência nas comunidades.

PLN- O senhor está filiado ao Partido Social Cristão (PSC), partido oposicionista ao governador Jackson Barreto. Há possibilidade de votar no atual governador numa possível candidatura ao Senado?

CB- Sou filiado ao PSC e faço parte deste grupamento político. Então, preciso saber qual direcionamento do grupo, quem serão os candidatos. Daí tomaremos uma decisão. Política é muito dinâmica e não posso descartar essa possibilidade.

PLN- O deputado federal André Moura é um dos seus aliados, acredita numa candidatura majoritária do Líder de Temer em 2018?

CB- Acredito sim! Vejo isso diariamente nas ruas, nas conversas com o povo e no meio político também. André vem exercendo um papel fundamental para o desenvolvimento do estado e se tornou um ícone na política sergipana, chegando a ocupar um lugar nunca ocupado por nenhum outro deputado, isso o credencia a voos mais altos, sempre de forma humilde, ouvindo seu grupamento e enxergando as coisas com a razão e nunca com a emoção.

PLN- A coluna política do nosso portal divulgou recentemente que o prefeito Cristiano Beltrão poderá ser candidato a deputado estadual em 2018, é possível essa candidatura?

CB- Estamos em caravana pelo estado, podemos ver de perto os problemas. Faço amigos diariamente e recebo pedidos para disputar as eleições em 2018. Porém, estou no momento de consolidação da minha administração, executando mais de 15 milhões em convênios federais e também tenho satisfação a dar ao meu povo, que me confiou a administração da cidade por 4 anos. Mas, como já disse, política é dinâmica. Não posso descarta nenhuma possibilidade.

PLN- Qual a contribuição do seu primo e ministro do Turismo, Marx Beltrão, com a cidade de Ilha das Flores?

CB- Tive o grande prazer de trabalhar com o Marx em Coruripe quando ele era refeito. Agora ele ministro de Estado e eu prefeito. Além do vínculo familiar, tenho um grande carinho e amizade com ele. A nossa cidade já firmou 3 convênios com o ministério do Turismo, praças, rampas de acesso ao rio São Francisco, iluminação e o que mais estou trabalhando para firmar no momento é a construção da Orla em Ilha das Flores, um sonho do povo ilhaflorense, que sem dúvidas irá impulsionar o turismo da região, gerando emprego e renda a centenas de pessoas.

PLN- Qual a mensagem que o prefeito Cristiano Beltrão deixa para os cidadãos neste período de descrença política?

CB- Vivemos em um momento de transformação na política do nosso país. De inversão de valores, de crise institucional, desaguando na maior crise financeira dos últimos tempos. O povo está desacreditado, a classe política não está mais passando confiança aos cidadãos. A palavra de ordem é ESPERANÇA. Isso que não se pode perder, temos que lutar até o fim.

Nosso país tem jeito, nosso estado tem jeito, Ilha das Flores teve jeito. Basta querer, ter coragem, querer trabalhar com seriedade, responsabilidade, zelo e acima de tudo respeitando as pessoas.

Em todos lugares existem as pessoas boas e más, assim é na política. Devemos analisar profundamente isso ano que vem para que possamos fazer a escolha correta e expulsarmos definitivamente esses que nada tem a contribuir pelo engrandecimento da sociedade.

 

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