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Alexandre Dias: “Não estou e nem estarei com o prefeito Iggor, porque meu destino político é com outro grupo”
15 de outubro de 2017 - 21:34, por Marcos Peris
Portal Lagarto Notícias
Dando continuidade à rodada de entrevistas com vereadores da região Centro-sul, o Portal Lagarto Notícias entrevistou nesta edição o presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Poço Verde, Alexandre Dias (PSDC), de 36 anos e natural de Simão Dias. Ele que saiu da base do governo Iggor Oliveira, teceu algumas críticas à administração poçoverdense, bem como falou um pouco sobre os bastidores da política da sua cidade.
Confira a Entrevista da Semana na íntegra:
PLN: Quem é Alexandre Dias?
AD: Alexandre Dias é um jovem promissor, que vem despontando no cenário político como uma surpresa, a princípio, e agora quem sabe até uma promessa para o quadro político do município. Uma promessa para um despontar com novas perspectivas políticas em Poço Verde.
PLN: Há quanto tempo milita na política?
AD: Essa foi a primeira vez que me candidatei a vereador, mas já venho de uma família política porque meu avô paterno já foi vereador e o primeiro presidente da Câmara de Vereadores de Fátima (BA), o saudoso João José do Rosário. Além disso, o meu avô materno, o saudoso Basílio Ireno Caduda, também já foi vereador em Poço Verde e o meu pai que também foi vereador por quatro mandatos, presidente da Câmara por três vezes, vice-prefeito e prefeito de Poço Verde.
Alexandre também já foi militante do Movimento Sem Terra (MST), já atuou como técnico em agropecuária na Secretaria Municipal de Agricultura e Recursos Hídricos de Poço Verde, já foi secretário de transportes e assistência social em Poço Verde. Sem falar que sou um defensor nato das causas sociais e dos menos favorecidos, tanto que tenho demonstrado isso nas minhas manifestações. A minha principal preocupação é com a desigualdade e quero tornar esse município mais justo e com mais oportunidades para todos.
PLN: Em seu primeiro mandato, o senhor foi eleito presidente da Câmara de Poço Verde. Como conseguiu tal feito?
AD: Costumo dizer que a presidência da Câmara foi um designo de Deus, pois ganhar para vereador é muito difícil e conseguir a presidência, acredito eu, é mais complexo ainda porque depende de forças externas. Naquele momento fui eleito estando na base do prefeito, quando ele apoiou outro nome, então foi ali que a oposição, formada por cinco vereadores, entendeu que eles precisariam mostrar os seu posicionamento político, marcar território. Então eles votaram em mim para mostrar a sociedade que estavam unidos, e que não arredariam da ideologia de fazer oposição com responsabilidade.
Além disso, os jovens nas redes sociais clamavam pela vitória de Alexandre Dias, porque ele foi o mais bem votado e pelo seu perfil. Por isso, que os cinco vereadores da oposição votaram em mim. Consequentemente, três meses depois, a oposição se reuniu comigo novamente para organizar uma nova eleição e votar em mim, sendo que eu já havia declarado que estava na oposição. Quero deixar claro que primeiramente fui eleito estando na base do prefeito com os votos da oposição, mas que em momento algum eu prometi que se votassem em mim, eu iria para a oposição.
PLN: O senhor foi eleito vereador na base do prefeito Iggor Oliveira. Por que não faz mais parte?
AD: Cheguei a dizer, um dia em que estive ao lado do prefeito Iggor, durante a campanha, que tinha voltado para ficar naquele grupo e depois mudei de ideia, porque somente os loucos não mudam de ideia. E para mim, política partidária se assemelha ao casamento que quando não da certo, a gente não fica insistindo e sofrendo e cada um segue o seu rumo, então foi isso que fiz. A aliança não deu certo, e embora eu tenha um grande respeito pelo grupo do atual prefeito e pelos líderes também, acredito que no universo político temos que respeitar para sermos respeitados.
Estou muito contente em novamente fazer parte de um grupo que é verdadeiramente um grupo, não é uma pessoa só quem dita às regras, pelo contrário, são várias pessoas com diferentes níveis de conhecimento. Esse grupo oposicionista de Poço Verde tem mostrado desde o seu surgimento que trabalha na coletividade, e essa coletividade e união é o que me cativa a estar aqui.
Além disso, nele há pessoas que têm dado grandes contribuições para o nosso município, a exemplo de Tonho de Dorinha, que lutou muito para trazer a fábrica de calçados Dakota. Hoje essa fábrica deve estar empregando 600 pais de família.
PLN: Alguns aliados do atual prefeito de Poço Verde afirmam nos bastidores que o projeto de Iggor Oliveira é sem sucesso. Concorda?
AD: Neste caso, eu prefiro que as pessoas façam as suas avaliações. Prefiro também fazer o meu trabalho junto com os vereadores e lideranças da oposição, porque no futuro o povo é quem vai decidir.
PLN: Qual avaliação da atual administração de Poço Verde?
AD: Estou mostrando alguns pontos da administração no meu dia-dia, através das redes sociais, dos meus comentários na Câmara de Vereadores, no boca a boca. Porém, faço críticas construtivas, porque não sou da política do quanto pior melhor. Eu quero que dê certo, porque se isso acontecer quem ganha é o povo. Contudo, não estou e nem estarei com ele porque meu destino político é com o outro grupo.
PLN: Para eleições 2018, o vereador Alexandre seguirá a situação ou oposição na sucessão de JB?
AD: Eu ainda não tenho nada definido, porque ainda temos que analisar as conjunturas que irão se formar. Mas estou sempre conversando com os amigos para que lá na frente possamos tomar essas decisões.
PLN: O senhor pretende disputar a prefeitura de Poço Verde em 2020?
AD: Ainda é muito cedo para dizer qual cargo estarei concorrendo. Mas de uma coisa pode ter certeza: estarei alinhado com os ideais de construção política da base aliada que forma a oposição em nosso município. Já a definição será tomada em grupo, não será eu quem irá decidir sozinho, pois vamos avaliar pesquisas, opiniões do grupo e do povo.
PLN: Qual a mensagem o senhor deixa para os poçoverdenses?
AD: A mensagem que deixo aos poçoverdenses é a de que não percam as esperanças na política. Nós vivemos em uma republica democrática, e se perdermos as esperanças e deixarmos de votar, por exemplo, alguém vai lá e escolhe porque alguém tem de ser eleito. Então vamos ser mais críticos construtivos sugerindo mais, ajudando a administrar, opinando, e somar forças com os três poderes para que possamos fazer uma avaliação de quem merece o nosso voto.
Poço Verde é a nossa cidade, por isso, a mensagem que deixo é que independente de ideologia e crença, vamos cobrar de forma consciente e ajudar aos gestores a construir uma Poço Verde cada vez melhor.