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Após seleção, poeta Assuero Cardoso terá poema publicado em Antologia pela 3ª vez
28 de março de 2017 - 05:41, por Marcos Peris
Portal Lagarto Notícias
Em maio deste ano, o poeta lagartense Assuero Cardoso terá mais um dos seus poemas publicados em uma Antologia produzida pela Editora carioca Vivara. A obra intitulada “Poema para uma noite de frio” foi uma das 250 poesias selecionadas para compor a publicação. Cerca de 3.203 poemas foram inscritos na seleção.
De acordo com Assuero Cardoso, durante a feitura do poema classificado para ser editado, ele estava pensando na solidão daquelas pessoas que não têm onde morar. “Poema para uma noite de frio é uma crítica social que faço, porque os poetas também sentem a dor do mundo, como dizia Carlos Drummond de Andrade”, comentou o poeta.
Este será o terceiro poema de Assuero a ser publicado em um livro especial de circulação nacional, que reúne uma série de poesias. Vale lembrar que em 2012 e 2013 o poeta lagartense publicou dois poemas, respectivamente, em Antologias produzidas e veiculadas por editoras paulistas.
Contente com mais uma seleção, Cardoso comemorou nas redes sociais e falou ao Lagarto Notícias que vencer a seleção o causou uma “sensação de vitória porque o maior sonho de quem escreve é ver a sua obra publicada e lida”.
Leia na íntegra o poema selecionado pela Editora Vivara, que foi produzido por Assuero Cardoso em julho de 2016:
POEMA PARA UMA NOITE DE FRIO
O mofo das palavras enferruja
As lembranças na gaveta.
O vinho circula na saudade
Das veias às vésperas da dormência.
O sono é visita atrasada,
O relógio um anfitrião cansado
E peço que ele não perca a paciência.
Lá fora as ruas estão sem abraços,
Há marquises e pontes habitadas
E depois das paredes e dos cobertores
Há luzes de olhos fechados,
Um quintal e outros cômodos
E as poças d’agua são apenas
Minúsculos oceanos de solidão.
Faz um frio silencioso
No rosto do porta-retrato.
Entre os meus olhos e os teus
Há um gesto de mágica e espera,
Um rápido murmúrio de morte,
Mas a noite é longa, muito longa,
E a vida nem começou a fazer barulho.