Governo do Estado vai construir 3 barragens e perfurar 3 poços no Barra da Onça

31 de janeiro de 2017 - 22:21, por Alexandre Fontes

Ascom Cohidro

Cumprindo agenda firmada com a comunidade do Barra da Onça, ontem (30), equipes da Diretoria de Infraestrutura e Mecanização Agrícola (Dinfra), da  Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), voltaram ao Assentamento em Poço Redondo, para fazer a locação dos três poços que a Empresa irá perfurar, nas localidades que integram o território do projeto de reforma agrária. Também determinaram o local do projeto e construção de três barragens de terra destinadas ao acúmulo de água das chuvas, para dessedentação animal na comunidade, grande produtora de leite do município.

Em uma assembleia da Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Barra da Onça, no último dia 25, a comunidade recebeu os diretores da Cohidro e o secretário de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Esmeraldo Leal. Após determinação do próprio governador Jackson Barreto, os gestores do Governo Estadual foram constatar quais são as necessidades da comunidade por fontes de reservamento e captação de água. Da reunião, ficou determinada a construção das barragens coletivas e a perfuração dos poços tubulares, a fim de beneficiar as 200 agro-famílias assentadas.

São ações, viabilizando água para o abastecimento humano e animal, que se somam à inciativas já sendo feitas pela Cohidro na comunidade, onde fez projeto para a recuperação estrutural de uma grande barragem de concreto situada também dentro do Barra da Onça. Planos de engenharia para reformar tanto esta como a Bate-Lata – reservatório semelhante e no mesmo município distante 140 km da capital sergipana – que a Companhia entregou para o Ministério da Integração Nacional, para obter recursos federais necessários a viabilizar a obra. Procedimento igual a Empresa ainda irá fazer para com a represa do Assentamento Cuiabá, no vizinho Canindé de São Francisco, 213 km de Aracaju.

Força-tarefa

Segundo o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, esta é uma missão dada pelo próprio governador do Estado à Força-Tarefa do Semiárido, a qual faz parte a Empresa junto da Seagri, secretarias de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh), além da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e Defesa Civil Estadual (Seidh). O grupo se reúne periodicamente e percorre o Sertão Sergipano para avaliar os pontos críticos e mais castigados pela estiagem prolongada.

“Os assentados se reuniram pessoalmente com Jackson Barreto e solicitaram essa ajuda emergencial nesta grande comunidade, onde vivem mais de 200 famílias em que a principal atividade é a pecuária, fazendo parte da maior bacia leiteira de Sergipe. Fomos ver o problema da falta d’água in loco, saber dos próprios afetados por esta seca prolongada, aonde se faz necessária a interferência governamental para diminuir a dificuldade deste povo. De lá saímos decididos de que vamos providenciar, junto ao Governo do Estado, recursos para contratação do maquinário necessário para abrir estas três barragens de terra e para custear nossas equipes para perfurar os três poços”, adiantou Felizola, após o encontro.

Presidente Felizola (Foto Ascom Cohidro - Michaelle Santiago)

Presidente Felizola (Foto Ascom Cohidro – Michaelle Santiago)

A Cohidro é uma estatal subsidiaria à Seagri, fator que determinou a presença do secretário Esmeraldo Leal. Ele reforça que o Barra da Onça é um dos assentamentos mais antigos de Sergipe. Criado em 1986, é considerado exemplo de produtividade e de geração de renda para os trabalhadores rurais integrantes do projeto. “Então, a reunião teve uma importância muito grande, por ter uma representação de todos os grupos. São três grupos muito bem organizados, uma pauta muito bem organizada. E como eles próprios disseram, estavam ali para que o Estado os apoiasse não com cesta básica, não com esmola, mas apoiasse com uma infraestrutura de uso comum, principalmente nesse momento de seca”, avaliou, destacando ainda a presença dos ex-prefeitos de Poço Redondo, Roberto Araújo e Frei Enoque, na assembleia.

Produtor rural e líder comunitário no Barra da Onça, José Lenilson da Costa, ao mesmo tempo em que lamenta os efeitos da estiagem prologada no Sertão, se anima com a possibilidade de ter a carência de seu grupo sanada pela Cohidro.  “Realmente, a gente está muito satisfeito com o atendimento deles, que foi feito. E eles já começaram a fazer o planejamento dos projetos, com a oportunidade de fazer a barragem e os poços. Eu acho que seria muito importante, porque o sofrimento que se passa aqui com a falta de água e a seca, os animais sofrem muito junto com a gente. Uma coisa que pode melhorar muito a comunidade aqui”, considera.

Poços

Também presente, Paulo Sobral estabeleceu que as equipes da Empresa iriam atuar no Assentamento nesta semana, compromisso cumprido ontem. “A Companhia vai elaborar o projeto de construção das barragens, mas prontamente já foi feita a locação dos poços. Nossa geóloga, Samiramisthais Linhares, determinou o local exato em que deve ser perfurado o poço, conforme o estudo do solo da localidade”. O dirigente ainda esclarece que serão três poços para suprir cada uma das três seções em que se subdivide o Barra da Onça. “Será um poço e um barragem em cada setor, grupos aos quais eles denominam de ‘Poço Redondo’, ‘Porto da folha’ e ‘Nossa Senhora da Glória'”, resumiu.

Barragens

Valdi Aragão Porto, Engenheiro Civil da Cohidro, esteve no Barra da Onça para determinar os locais de melhor topografia para abrigar as três barragens de terra. “Escolhemos os terrenos com a possibilidade de comportar a escavação e terraplanagem de reservatórios com a capacidade média de 30 mil metros cúbicos de água. Para tal, é necessário que estes terrenos também tenham capacidade de escoar a água das chuvas, que vai ser o único modo de enchimento que elas terão”, completou.

Xingó Parque Hotel & Resort

O Xingó Parque Hotel & Resort está situado perto da usina hidrelétrica Xingó e dos famosos cânions do Velho Chico, a 77 km do Aeroporto Paulo Afonso. Tudo isso, às margens do Rio São Francisco no município sergipano de Canindé. 

 

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