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Lagarto: Crise econômica chega para os vendedores de fogos de artifício
2 de junho de 2016 - 04:30, por Marcos Peris
Portal Lagarto Notícias
A popular crise econômica chegou para todos, e para os vendedores de fogos de artificio do município de Lagarto não foi diferente. Após a realização da tradicional Silibrina, a equipe deste portal foi saber qual a expectativa e a realidade daqueles que comercializam o brilho e alegria de muitos durante os festejos juninos e entre as seis barracas, situadas dentro da ‘Exposição’, a expectativa é de dias melhores.
Para a vendedora da barraca Fogos Oliveira, Osmarina Maria (45), o investimento nos produtos este ano foi menor do que a quantidade investida no ano passado, e mesmo assim, durante a Silibrina a sua barraca não vendeu nem metade do que era esperado.
“Durante a Silibrina, colocamos quatro pessoas para ajudar nas vendas, mas ficou todo mundo de braços cruzados”, frisou Osmarina Maria. Ela ainda argumentou que se o município de Lagarto organizasse mais eventos juninos e houvesse mais divulgação, os vendedores estariam numa situação melhor. “Antes os fogos eram um bom investimento, hoje a gente ver o pessoal esquentando a cabeça porque tá levando prejuízo”, completou.
Porém, de acordo com a vendedora Elisângela Cruz, da barraca do popular Pirambeba, para haver mais divulgação seria necessário que todos os vendedores colaborassem com a ação “porque tem gente que quer e tem gente que não quer”, argumentou. Com o olhar cabisbaixo, Elisângela foi clara e afirmou que esse foi um dos piores anos para se comercializar os fogos de artificio.
“Esse ano está fraco, foi fraco durante a Silibrina e acho que não teve possibilidade para ninguém. Esse foi o nosso pior ano de vendas”, disse Elisângela Cruz ao PLN.
Diferente das duas vendedoras, o seu José Almeida falou que esse ano está sendo como os demais, ele ainda argumentou que tem muito material que é vendido para fora do município, mas disse esperar que as vendas aumentem no “período das fogueiras”, entre os dias 26 e 28 deste mês.
“Esse ano, por hora não está ruim. Ninguém sabe daqui pro final, está só começando porquê de hoje em diante é que pode aumentar. A gente arma [as barracas] cedo assim porque vendemos para fora, a gente vende para Estância, Itabaiana, Arauá e para Aracaju. Um dia desse saiu uma carrada de R$ 10 mil para Propriá”, falou seu José Almeida que comercializa fogos há cerca de 18 anos.
Preço dos fogos
Apesar da difícil situação e da escassez de consumidores, os fogos de artificio não apresentaram um aumento nos preços se comparado com o ano passado. Em entrevista com alguns vendedores, a equipe deste portal foi informada que os preços se mantiveram os mesmos, e que apenas os fogos estancianos como espadas e espadas com limaia sofreram um leve aumento.
“No ano passado, nós vendíamos uma espada com limaia por cinco reais, hoje custa sete. Mas o resto dos fogos estão com o mesmo preço do ano passado”, disse Osmarina que foi corroborada pelos demais vendedores.
A falta das espadas com limaias, segundo o vendedor José Almeida, aconteceu porque o responsável pela fabricação do produto foi impedido de fabricar os mesmos pelos bombeiros.
“O melhor fazedor de espada daqui de Lagarto foi impedido pelos bombeiros porque o bombeiro disse que ele teria que pagar R$ 30 mil. Ai ele disse que não iria pagar porque com aquele trabalho, não fazia nem R$ 10 mil. Zé Canuto era o melhor fazedor de espada”, explicou José Almeida.
Negócio familiar
Um ponto interessante destas barracas é que elas fazem parte de um negócio de família, muitos comercializam os fogos há 20/30 anos e a presença de funcionários assalariados é muito pequena. Dos citados, apenas Osmarina é contratada, já Elisângela é filha do popular Pirambeba, enquanto seu José Almeida é marido da dona da barraca.