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Em 10 anos, Carira configura como uma das cidades mais violentas de SE
23 de março de 2016 - 11:22, por Marcos Peris
Sergipe está entre as seis unidades da federação que registraram aumento superior a 100% na taxa de homicídios entre 2004 e 2014. Nessa década, o número de assassinatos aumentou 136% no estado, a maioria das vítimas era jovem e a maior parte dos crimes foi praticada com arma de fogo. O número de feminicídios também cresceu consideravelmente. Os dados constam no Atlas da Violência 2016, divulgado nesta terça-feira (22) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Os números estão no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, referentes a 2014, quando ocorreram 1.096 assassinatos em Sergipe – 903 foram cometidos em decorrência do uso de arma de fogo, 621 vítimas tinham entre 15 e 29 anos, 74 mulheres foram mortas. Dez anos antes, em 2004, foram registrados 464 assassinatos, 403 praticados com arma de fogo, contra 237 jovens e 29 mulheres.
Os dados mostram que os crimes de gênero, praticados contra mulheres, cresceram 155% em dez anos. Já as mortes de jovens aumentaram 148% no período.
Microrregiões
O estudo do IPEA também mapeou as macro e microrregiões mais violentas do país, com base nas taxas de homicídio registradas nos últimos anos. Apenas um município sergipano, Carira, localizado no alto-sertão do estado, aparece na relação. A cidade foi listada como uma das 20 microrregiões mais violentas, com uma taxa de 57,5 homicídios para cada 100 mil habitantes e um aumento de 628,25% no número de assassinatos em dez anos.
Brasil
A taxa de homicídios no Brasil tem diminuído nas grandes cidades e aumentado no interior, sobretudo no Nordeste. Cerca de 10% de todos os homicídios no mundo, em 2014, ocorreram no Brasil. Em números absolutos, foram 59,6 mil assassinatos, o que coloca o Brasil como campeão de mortes por homicídio. Por outro lado, entre 2010 e 2014, aumentou o número de estados com queda nas taxas de homicídios, passando de oito para 12 unidades federativas.