Jefferson Cruz: “Com um pouco de trabalho e humildade, você vai devagarzinho conseguindo alcançar os objetivos”

6 de março de 2016 - 20:51, por Alexandre Fontes

 

Entrevistado da semana

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A entrevista da semana é com o jovem empreendedor Jefferson Cruz, de apenas 23 anos de idade. Ele faz parte de um seleto grupo de jovens empresários do município de Lagarto.

Durante a entrevista, Jeferson nos contou um pouco da sua história e de como adquiriu tantas responsabilidades em tão pouco tempo. Carismático, o garoto não teme o trabalho duro, e nem a tal da crise econômica até porque como ele diz: o jovem é ousado.

Confira a entrevista na íntegra:

Lagarto Notícias: Quem é Jefferson Cruz?

Jefferson Cruz: Jefferson Cruz é o filho de Geninho de Souza Cruz, mais conhecido como Nininho da Bolo Bom, tenho 23 anos, curso administração, estou no oitavo período já concluindo, e sou um cara que gosta muito do trabalho, do contato com as pessoas, e que se sente bem em estar trabalhando. Eu acho que o trabalho é o que nos dá o nosso lazer, muitas alegrias, e dizem que dinheiro não traz felicidade, mas é mentira porque traz sim, traz felicidade, traz saúde, traz tudo que você precisa. Então para você poder ter felicidades, sua saúde, seu bem estar, é necessário trabalho, que eu considero ser a essência de tudo.

LN: Desde quando você trabalha?

Jefferson Cruz: Desde os meus 16 anos. Eu comecei a trabalhar com meu pai lá na Bolo Bom, e no ano de 2009 eu parei porque como eu estudava aqui, tive que ir para Aracaju estudar num colégio melhor para tentar o vestibular. Mas retornei para cá porque o curso que eu estava desejando tinha sido ofertado aqui pela faculdade da cidade, e quando retornei, voltei a trabalhar, mas não na empresa de meu pai. Comecei a trabalhar na Distribuidora Martins, uma de Minas Gerais, na qual passei quase um ano, e depois voltei a ajudar meu pai.

LN: Era distribuidora de que ramo?

Jefferson Cruz: Ela abrangia todos os ramos, alimentício, material de construção, tudo. A empresa era gigantesca, só que o mercado aqui no estado diminuiu muito para ela porque várias distribuidoras começaram a faturar aqui, e ela só faturava de Minas a João Pessoa, ai foi onde complicou tudo.

LN: Por que você escolheu cursar Administração de Empresas?

Jefferson Cruz: Foi uma questão secundária, o curso que eu escolhi foi Sistemas de Informação, eu cursei três períodos só que a faculdade extinguiu o curso. Então como ela encerrou, eu precisava escolher outro curso, e fiquei na dúvida entre Engenharia de Produção; Contábeis e Administração, como não queria mais voltar a Aracaju porque já estava trabalhando, e não queria mais ficar naquela questão de mesada dos pais, ficaria inviável ir e voltar todos os dias. Dai eu optei pelo curso de Administração por conta do ramo.

LN: Há quanto tempo você abriu a Pralocar? Por que escolheu investir no segmento de locação de equipamentos?

Jefferson Cruz: Poucos mais de 4 meses. A convite do meu tio que é proprietário da matriz em Aracaju, resolvi apostar no ramo de serviço, por ser algo que já tinha experimentado há pouco tempo e gostado.

LN: Além de Lagarto, você presta serviço para outros municípios?

Jefferson Cruz: Com esse negócio, a gente já prestou serviço para a cidade de Simão Dias e para Pedrinhas.

LN: Quais os desafios enfrentados no início de tal empreendimento? Apesar de ser uma filial, você precisaria manter o nome da empresa, então foi um desafio para você.

Jefferson Cruz: Justamente, apesar de eu, pessoa, na verdade pegando uma carona do meu pai sendo muito conhecido na cidade e tal, apesar disso esse tipo de negócio, como qualquer outro, quando você implanta numa cidade realmente tem muita dificuldade na questão de conquistar clientes, na cidade já existem outras pessoas que fazem esse tipo de serviço. Então você conquistar outros clientes, conquistar pessoas, ir mostrando tudo mais, realmente é uma dificuldade. Mas com um pouco de trabalho, um pouco de humildade, você vai devagarzinho conseguindo alcançar os objetivos.

LN: Mesmo com o país vivendo uma grave recessão econômica que gira em torno dos 3% só para este ano, qual a sua perspectiva de futuro em relação à Pralocar neste cenário?

Jefferson Cruz: Como todo negócio, você tem que ter paciência, eu não sei se sorte ou azar, eu com essa idade tô pegando um período bastante pesado do país, mas eu acho que é um desafio a mais que me instiga a procurar ser melhor, ter o meu diferencial tanto no atendimento quanto no produto ofertado. Acho que na questão da crise, se você se entregar a crise, você não sairá do lugar, e acaba quebrando porque você não cresce nem nada.

LN: Você acredita que a crise é uma forma de fortalecer o empreendimento e o empresário para um período pós-crise?

Jefferson Cruz: Acho que é um desafio para o empresário, para o administrador. Se você consegue passar por essa crise, se você consegue atingir os seus objetivos na crise – como falam -, eu acho que quando ela passar fica mais fácil de você dar continuidade. Acho que a crise é o tempo em que você tem que dar o melhor.

LN: O que instiga o jovem empreendedor Jeferson Cruz a seguir em frente? Seria o perfil do seu pai que é cauteloso e ao mesmo tempo bem relacionado?

Jefferson Cruz: Eu costumo dizer a todos que tudo que eu sou, que tudo que eu aprendi, que a minha maior escola, eu tenho dentro de casa. Meu pai é um cara diferente, ele tem um toque diferente, ele sente o futuro, coisa que eu brinco com ele, eu digo: “porra vey, você consegue fazer uns planejamentos de 10/20 anos”, e assim, o cara que tem 23 quer as coisas mais imediatas né? Eu sou muito imediatista, para mim tem que ser agora, mas o que ele mais fala é: “paciência, planejamento, calma e ao mesmo tempo ser arrojado”.

Mas o me faz seguir adiante é a idade, quando a gente chega nos 20 anos, e a gente começa a ver as pessoas com 28 já bem estabilizadas, com o carro que você gosta, a casa que você quer, curtir os lugares e viagens que eles querem. Então quando você passa daquela fase jovem, você bate os 22 anos e começa: “pô agora eu tenho que fazer o meu”. Então o que me inspira é isso, é a preocupação com o meu futuro porque eu tenho um filho ai de quatro anos.

LN: A sua maior alegria seria o Bernardo?

Jefferson Cruz: É o Bernardo. O Bernardo, ele veio num momento delicado por conta da minha idade, eu era muito jovem, tinha 19 anos, minha idade e minha fase era aquela de balada, festinhas com amigos, aquelas coisas da idade jovem. Mas quando Bernardo veio, acho que ele foi um dos motivos que me inspirou e me trouxe responsabilidade. Talvez se não tivesse ele, minha vida pudesse ser diferente, não teria criado responsabilidade tão cedo, não tivesse essa vontade de ter meu próprio negócio, poderia ser tudo diferente, apesar de ter um perfil que gosta de trabalhar e tudo mais. Mas o Bernardo me trouxe tanto alegria, como fonte de inspiração, é minha riqueza!

LN: Hoje você faz parte de um seleto grupo de jovens empreendedores num momento de desenvolvimento do município de Lagarto com a chegada da UFS, como você se sente diante disso?

Jefferson Cruz: Acho que esse pessoal novo que está no comércio, dizem que nós somos o futuro do Brasil, então nós chegamos com novas ideias. Para que tudo corra normal rumo ao sucesso, nós precisamos das opiniões e das experiências dos mais velhos, mas eu acho que a união da experiência com a inovação dos mais jovens ajuda muito mais ainda para a sociedade principalmente porque quem está chamando atenção aqui são os alunos da UFS, é uma riqueza muito grande porque são pessoas de todo o Brasil, com culturas diferentes, que trazem coisas novas, e buscam coisas boas porque jovem é ousado, gosta de qualidade de vida, de bom atendimento, de boa comida, gosta de tudo muito bom. Então com a chegada da UFS, se não existisse jovens no comércio para entender a cabeça do jovem, seria mais complicado. Então acho que Lagarto tem tudo para desenvolver e os universitários já somam muito na cidade, para se ter uma ideia, tem pontos comerciais que dependem deles. Acho que a visão do jovem na vida empresarial é de suma importância.

LN: Se você tivesse o poder de mudar algo no mundo, o quê que você mudaria?

Jefferson Cruz: O que me incomoda é a política do nosso país, é um ponto de muita polemica e tudo mais, mas é como se o nosso apito fosse mudo, ninguém consegue nos ouvir. Por mais que exista baderna, manifestação e tudo mais. Já rolou impeachment e esse negócio de Lula, mas Collor hoje é senador, é o senador mais votado do estado de Alagoas.

LN: Qual a mensagem que você gostaria de deixar para o povo de Lagarto?

Jefferson Cruz: Eu gostaria de deixar uma frase que me pai deixou para mim num birô quando eu estava trabalhando. Foi uma frase que ele deixou lá e que me tocou muito, diz o seguinte: “Feliz é aquele que transfere o que sabe, e aprende o que ensina”, essa é uma frase que toca muito.

 

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