Os avanços na assistência descentralizada da Rede Hospitalar Estadual vêm contribuindo significativamente para a redução da demanda espontânea e de transferências dos pacientes ao Hospital de Urgências de Sergipe (Huse). Os seis Hospitais Regionais (Nossa Senhora do Socorro, Lagarto, Itabaiana, Estância, Nossa Senhora da Glória e Propriá) atendem mais de 90% dos casos que recebem, sem necessidade de deslocamento para o Huse, maior unidade hospitalar do estado.
Com a diminuição de remoção de pacientes do interior, a resolutividade do Huse aliada à assistência qualificada consolida o posicionamento da Rede em Sergipe, fazendo com que o Hospital de Urgência atenda apenas aos casos de maior complexidade. Os números comprovam o bom desempenho: no ano de 2015, o Huse atendeu 158.420 usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), 11.746 pacientes a menos que em 2014, quando foram registrados 170.166 atendimentos.
Já os seis Hospitais Regionais atenderam 489.833 pacientes no ano de 2015, 32.708 usuários a mais que o ano de 2014, onde foram registrados 457.175 atendimentos.
“O funcionamento da Rede tem ajudado bastante o trabalho dentro do Huse. Percebemos que a porta de entrada diminuiu muito, visto que os pacientes do interior têm suas demandas atendidas na região onde moram. Essa fluidez da Rede Hospitalar faz com que o Huse cumpra o seu objetivo e garanta a assistência aos casos mais graves”, afirma superintendente do Huse, Lycia Diniz.
Para se ter uma ideia, o Hospital Regional Dr. Pedro Garcia Moreno Filho, em Itabaiana, atendeu a 115.795 usuários do SUS em 2015. Em 2014 foram 109.818 pacientes.
Já no Hospital Regional São Vicente de Paula, em Propriá, na região do Baixo São Francisco, foram 92.979 atendimentos em 2015, 10.121 atendimentos a mais que 2014, onde foram acolhidos 82.858 usuários.
O Hospital Regional de Nossa Senhora do Socorro, outro importante equipamento de saúde da Rede Hospitalar, atendeu a 98.886 usuários do SUS no ano passado. Em 2014, foram 99.937 atendimentos, 1051 a mais.
O Hospital Regional Monsenhor João Batista de Carvalho Daltro (HRL), em Lagarto, atendeu a 56.835 pessoas no ano de 2015. Em 2014 foram 59.464 pacientes, 2611 a mais.
O Hospital Regional Dr Jessé de Andrade Fontes, em Estância, atendeu em 2015 a 9.831 pacientes a mais que em 2014. Esse ano foram 53.925 usuários e, em 2014, 44.094.
Na avaliação do diretor Geral da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), que gerencia a Rede Hospitalar Estadual, Hans Lobo, o crescimento nos atendimentos no interior desafoga o Huse e oferece mais comodidade ao paciente, que não precisa se deslocar para a capital em busca de assistência médica.
“Essa diferença reflete que as demais unidades estão fazendo o dever de casa e a população está procurando o Hospital Regional próximo à sua residência, sem precisar se deslocar para outras regiões”, afirma.
No Hospital Regional de Nossa Senhora da Glória também não foi diferente. Mesmo com o 75% das obras concluídas, a assistência ao usuário do SUS foi resoluta. Em 2015, foram 71.445 atendimentos, 10.441 a mais que em 2014, onde foram registrados 61.004 atendimentos.
“O Governo do Estado mantém o compromisso de tornar a assistência hospitalar qualificada aos usuários que precisam dos serviços de saúde em sua região, o que, sem dúvida, facilita o atendimento nas áreas mais distantes da capital. Monitoramos diariamente as atividades das equipes assistenciais, a gestão de leitos e a produtividade de todas as unidades. Com ações de infraestrutura, aprimoramos o funcionamento dos hospitais e contemplamos, além do usuário do SUS, os próprios profissionais da área da saúde, que têm um ambiente de trabalho favorável para oferecer os seus serviços”, complementa Hans Lobo.
Os Hospitais Regionais oferecem à população os serviços de pronto atendimento, cirurgias de Buco-Maxilo, oftalmológica, ortopédica, além de procedimentos nas áreas de otorrinolaringologia e ginecologia.
Em 2015, aproximadamente 9 mil procedimentos cirúrgicos foram realizados em cinco unidades do interior (Nossa Senhora do Socorro, Propriá, Itabaiana, Lagarto e Estância). No Hospital Regional de Itabaiana, por exemplo, os usuários do SUS contam com cirurgias de Buco-Maxilo, cirurgias gerais, oftalmológicas, ortopédicas, além de procedimentos nas áreas de otorrinolaringologia e ginecologia. Em média, são mais de 200 procedimentos mensais.
O Hospital de Itabaiana conta, ainda, com dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Em Lagarto, o Hospital Regional também tem uma moderna UTI com dez leitos e é referência em assistência descentralizada em ortopedia. No último ano, o número de pacientes envolvidos em acidentes motociclísticos (motos e motonetas) atendidos no HRL chegou a 2.391.
Já o Hospital Regional Jessé de Andrade Fontes, em Estância, realiza procedimentos emergenciais, cirurgias ambulatoriais, oncológicas cabeça e pescoço e oncológicas de urologia.
“Com as contratações médicas, estamos com escala praticamente fechada diariamente, com clínicos, pediatras, cirurgiões e um anestesiologista. O hospital atende os 10 municípios da região, além de cidades próximas da Bahia. Temos uma equipe multiprofissional trabalhando com eficácia e humanização em prol da qualidade do atendimento a cada indivíduo”, afirma a superintendente do Hospital Regional de Estância, Luciana Carvalho.
No Hospital Regional de Propriá são realizadas cirurgias eletivas (entre procedimentos de pequena, média complexidades) e ortopédicas.
Para a diretora Operacional da Fundação Hospitalar de Saúde, Márcia Guimarães, o pleno funcionamento dos Hospitais Regionais é de grande importância para que o Huse respire.
“Com a Rede atuando, é notória a grande cobertura do sistema. O Estado continuará investindo cada vez mais para avançar em todos os Hospitais Regionais e desafogar ainda mais o Huse. A Rede no interior opera e atende. O trabalho para oferecer uma saúde digna aos sergipanos usuários do Sistema Único de Saúde é incansável. Esse é o nosso compromisso, junto com os profissionais que diariamente estão em cada Hospital Regional, para sempre acolher e salvar vidas”, afirma.