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Gelza Reis e Lampião
10 de janeiro de 2016 - 22:09, por Claudefranklin Monteiro
Natural de Adustina, norte da Bahia, e com laços familiares lagartenses, a escritora Gelza Reis Cristo lançou um novo livro. Desta vez, o alvo de suas atenções foi o cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião.
É a terceira vez que vem a Lagarto para lançar seus livros. No ano 2000, “Meu Universo Interior I”. Em 2009, “A Cozinheira Nômade”. Sua relação com a cidade é de 1972, quando teve a oportunidade de assistir um show de Roberto Carlos. Entre 1975 e 1977, ela fez o curso ginasial no Colégio Cenecista Laudelino Freire.
Dessa passagem marcante de sua vida por Lagarto, ela recorda com entusiasmo de grandes mestres, a exemplo de: Evaldina Matos, Américo Almeida, Darticléa, Luzia Vasconcelos e Luzia Alves, Emerson Carvalho e Aguimaron Menezes.
Depois disso, ela correu o país, se aprofundando e realizando seus sonhos. É graduada em Letras pela UNISANTOS (Universidade Católica de Santos). E também é pós-graduada em Língua Portuguesa pela UNICAMP (Universidade de Campinas).
No ano de 1996, deu início a sua carreira literária, participando de antologias poéticas. Até a presente data, são quatro livros publicados. Além dos já citados acima, em 2013, lançou “Maré de Lua”, contendo poemas de sua autoria.
No último sábado, dia 09 de janeiro de 2016, Gelza Reis esteve na Associação Atlética Banco do Brasil, de Lagarto, lançando o livro “Lampião, é o Filho do Santo Conselheiro (Cangaceirismo e Misticismo)”.
Trata-se de uma obra bem fundamentada e que transita bem entre a história e a literatura. A cidade de Adustina é um dos cenários de seu escrito sobre um assunto que parece inesgotável. Lampião já foi tratado em verso e prosa, seja ao nível da escrita popular, seja ao nível acadêmico, como o é na obra de Gelza Reis.
Em “Lampião, é o Filho do Santo Conselheiro (Cangaceirismo e Misticismo)”, Gelza nos apresenta novos e valiosos dados sobre o assunto e o faz de forma leve. Sua escrita é cursiva e se desenvolve ao sabor da curiosidade e da ciência histórica e literária.
Para os aficionados pelo tema, como o cangaceirólogo e músico lagartense, Kiko Monteiro, vale a pena a leitura e se debruçar sobre novas luzes a respeito de um personagem nordestino tão controverso e multifacetado.