HRL: quedas e acidentes motociclísticos representam quase 10% de todos atendimentos no ano

23 de dezembro de 2015 - 16:39, por Marcos Peris

Finalmente, férias e festas de fim de ano! Chegou a hora de aproveitar a folga na escola e no trabalho para viajar, brincar com os amigos e se aventurar. Nesta época do ano, tudo (ou quase tudo) está liberado. Mas é preciso ter cuidado para não tornar o período que é sinônimo de diversão em um verdadeiro castigo.

Nesta época do ano, o número de atendimentos no Pronto-Socorro do Hospital Regional Monsenhor João Batista de Carvalho Daltro (HRL), em Lagarto, na região Centro-Sul de Sergipe, costuma aumentar muito. Principalmente de casos envolvendo quedas de todo tipo e acidentes de trânsito, a exemplo daqueles com motos/motonetas, que causam muitas fraturas e lesões ortopédicas.

Somente de janeiro a novembro, o HRL já atendeu a 2.212 pacientes vítimas de acidentes motociclísticos, o que representa 4,1% dos quase 53 mil usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) assistidos pela unidade este ano. No mesmo período, o Pronto Socorro atendeu outras 2.723 pessoas que sofreram algum tipo de queda, o que corresponde a 5% do total de atendimentos. Muitos desses casos acabaram resultando em cirurgias de urgência e emergência, ou no mínimo tratamentos clínicos de traumas ortopédicos, que este ano já somam mais de 12 mil.

Apesar das frequentes campanhas, alertando que a associação de álcool e direção não combina, muita gente ainda insiste em promover essa combinação perigosa, o que geralmente resulta em acidentes de trânsito. E no caso dos acidentes motociclísticos, o resultado é ainda mais devastador, pois geralmente deixam vítimas fatais ou causam sequelas para sempre. E em períodos festivos, como os do Natal, Réveillon e Carnaval, a ingestão de bebidas alcóolicas costuma ser ainda mais explosiva.

Segundo Oldegar Alves Júnior, superintendente do HRL, além de ser totalmente contraindicado para quem vai dirigir, o consumo de álcool em excesso compromete a assistência aos pacientes nas urgências e emergências hospitalares. “O álcool dificulta, por exemplo, o diagnóstico terapêutico da lesão craniana, tendo em vista que essa substância provoca uma excitação que pode ser confundida com quadro de desorientação. Além disso, causa desidratação, retarda o tratamento da lesão e compromete a função medicamentosa”, adverte.

Uso de capacete

De acordo com o superintendente do HRL, além da associação álcool e direção, outro fator que contribui para agravar ainda mais os acidentes motociclísticos é que grande parte dos usuários de motos e motonetas não costuma usar os equipamentos de proteção individual, principalmente o capacete. Por isso, nesses períodos festivos do ano tem sido cada vez mais crescente o número de vítimas de acidentes envolvendo esse tipo de veículo.

No caso das quedas, as principais vítimas são as crianças, porém, também existe um aumento significativo de fraturas e lesões ortopédicas em adultos que saem de férias e se expõem mais ao lazer. As lesões mais frequentes são as fraturas em membros superiores, principalmente mão e punho. Em crianças, elas ocorrem por conta de traumas devido a quedas em parques, de bicicleta ou skate e durante a prática de esportes de contato, como o futebol.

Com informações da Ascom SES

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