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Seguro rural pode ser alternativa em período de estiagem
30 de novembro de 2015 - 21:44, por Alexandre Fontes
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) emitiu nota, que alerta sobre a forte estiagem, que Sergipe pode enfrentar no próximo verão. A ação pode deixar as propriedades rurais mais vulneráveis aos acidentes, sobretudo aqueles oriundos das queimadas, que atingem grandes proporções. Somente nos meses de outubro e novembro, o Corpo de Bombeiros de Sergipe identificou 324 ocorrências, que envolveram queimadas em vegetação. A partir deste cenário, o seguro rural pode ser uma alternativa imprescindível para resguardar o patrimônio.
Segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão que controla e fiscaliza o mercado securitário no Brasil, o seguro rural é um dos mais importantes instrumentos de política agrícola, pois permite ao produtor uma forma de proteção contra perdas decorrentes, principalmente, de fenômenos climáticos adversos. A abrangência deste tipo de seguro é ampla, pois cobre além da atividade agrícola, a atividade pecuária, o patrimônio, os produtos, o crédito, e oferece também, seguro de vida aos produtores. O profissional para auxiliar neste processo é o corretor de seguros, que de acordo com a Lei nº 4.594/1964, atua como o intermediário autorizado a buscar e a promover contratos de seguros, seja de direito público ou privado.
O empresário Clóvis Menezes, proprietário de terras no município de Laranjeiras (SE), sabe bem a importância do seguro. No dia 14 de novembro deste ano, viu sua plantação de cana-de-açúcar ser atingida por uma grande queimada provocada por motivos ainda desconhecidos. “Estava saindo para jogar futebol, quando recebi uma ligação telefônica do meu funcionário falando sobre a queimada. Fiquei aflito e liguei rapidamente para o corpo de bombeiros para tentar conter o fogo”, afirma.
“Talvez se estivesse com seguro, não precisasse me deslocar para resolver tudo sozinho. Neste caso, a seguradora seria acionada e resolveria todo o processo”, completou o empresário Clóvis Menezes.
Para o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de Sergipe, Érico Melo, a alternativa em trabalhar com o segmento rural pode ser viável. “Não temos corretores de seguros especializados em seguro rural. Acredito que isso aconteça devido à baixa procura, já que a habilitação dos corretores de seguros possibilita a comercialização de qualquer modalidade de seguro”, pontuou.
O seguro rural tem gerado expectativa de crescimento, segundo a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg). Para 2015, a entidade projetou que esta modalidade movimentaria R$ 3,57 bilhões no mercado de seguros brasileiro, maior que a projeção do ano anterior, estimada em R$ 2,97 bilhões.
De acordo com a Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), o Brasil possui mais de 60 mil profissionais habilitados e mais de 33 mil empresas registradas na entidade. Em Sergipe, existem 255 profissionais aptos a exercer o trabalho de corretagem como pessoa física e 134 empresas habilitadas. Entre os corretores de seguros que atuam no Estado, 168 trabalham com todos os ramos e 87 trabalham com seguro de vida, capitalização e previdência. Entre as empresas, 118 atendem todos os ramos e 16 atuam com seguro de vida, capitalização e previdência. O cadastro da Fenacor aponta outro dado importante, que em Sergipe os homens ainda são maioria em número de inscritos, são 173 homens e 83 mulheres.
Por jornalista Keizer Santos, DRT 2099/SE
Especial