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Mapa da Violência: Lagarto é o 6º em homicídio de mulheres durante período de cinco anos
9 de novembro de 2015 - 11:42, por Marcos Peris
O ‘Mapa da Violência 2015: Homicídio de Mulheres’ divulgado nesta segunda-feira (9) calcula 252 mortes de sergipanas entre 2009 e 2013. O estudo revela ainda o número e taxas médias de homicídio nesse período nos 5.565 municípios com mais de 10 mil mulheres no Brasil.
Em Sergipe, as cidades com a maior taxa média de mortes por habitantes são Siriri (14,8%), Propriá (10,9%), Santa Rosa de Lima (10,7%), Brejo Grande (10,5%) e Ilha das Flores (9,6%). Em 2013, o estado registrou 5,1 homicídios de mulheres por 100 mil mulheres, o que representa o 20º lugar no ranking de estados da federação.
Em números absolutos, os municípios com maior quantidade de homicídios de mulheres no período de cinco anos estudado são:
- Aracaju (62)
- Nossa Senhora do Socorro (27)
- Itabaiana (14)
- Estância (13)
- São Cristóvão (13)
- Lagarto (10)
- Propriá (8)
- Tobias Barreto (8)
- Barra dos Coqueiros (6)
- Simão Dias (6)
No acumulado dos 75 municípios sergipanos, foram 35 mortes em 2009, 43 em 2010, 59 em 2011, 61 em 2012 e 54 em 2013.
Não houve registro de mortes violentas de mulheres nesses cinco anos em Amparo de São Francisco, Canhoba, Cumbe, Feira Nova, General Maynard, Graccho Cardoso, Itabi, Japaratuba, Macambira, Malhada do Bois, Moita Bonita, Muribeca, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora de Lourdes, Pedra Mole, Pedrinhas, Pinhão, Pirambu, Poço Verde, Rosário do Catete, Santana do São Francisco, São Domingos, São Francisco, São Miguel do Aleixo e Telha.
Entenda a análise
O estudo de autoria do sociólogo argentino Julio Jacobo Waiselfisz mostra que 50,3% das mortes violentas de mulheres no Brasil são cometidas por familiares e 33,2% por parceiros ou ex-parceiros.
Entre 1980 e 2013 foram assassinadas 106.093 mulheres no país, 4.762 só em 2013. O Brasil tem uma taxa de 4,8 homicídios para cada 100 mil mulheres, a quinta maior do mundo, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que avaliaram um grupo de 83 países.
O estudo é de autoria do sociólogo argentino Julio Jacobo Waiselfisz, radicado no Brasil, e analisa dados oficiais nacionais, estaduais e municipais sobre óbitos femininos no Brasil entre 1980 e 2013, passando ainda por registros de atendimentos médicos.
Entre 2003 e 2013, o número de homicídios de mulheres passou de 3.937 para 4.762, aumento de 21% no período. As 4.762 mortes em 2013, último ano do estudo, representam uma média de 13 mulheres assassinadas por dia.
Na análise por estados, Roraima viu as taxas mais que quadruplicaram (343,9%). Na Paraíba, subiram 229,2%. Entre 2006, ano da promulgação da lei Maria da Penha e 2013, apenas Rondônia, Espírito Santo, Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro registradas quedas nas taxas de homicídios de mulheres.
Mulheres negras
Enquanto o número de homicídio de mulheres brancas caiu 9,8% entre 2003 e 2013 (de 1.747 para 1.576), os casos envolvendo mulheres negras cresceram 54,2% no mesmo período, passando de 1.864 para 2.875. (G1 SE)