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Itabaiana é grande
27 de outubro de 2015 - 23:58, por Claudefranklin Monteiro
O título desta crônica pode soar como uma heresia para os lagartenses mais afoitos, eivados por sua identidade papa-jaca. Para mim, é a representação simbólica do que pude presenciar da última Bienal do Livro, realizada na cidade de Itabaiana-SE, entre os dias 14 e 17 de outubro do corrente ano.
Por conta das atribuições na Universidade Federal de Sergipe, só pude marcar presença no sábado, por ocasião, inclusive, do encontro das academias literárias, no turno na manhã. Eu estive acompanhado dos confrades Antônio Rocha e Euclides Oliveira, diletos lagartenses, amantes da cultura da Terra da Piedade.
Os números da Bienal do Livro deste ano, em sua terceira edição, foram impressionantes. Mas o que mais me chamou a atenção foi algo de que nós, os papa-jacas, ainda temos uma longa estrada pela frente: espírito empreendedor. Afora a somação de esforços quando o assunto é cultura. E olhe que estamos falando, necessariamente, de uma cultura livresca, só para começo de conversa.
O empreendedorismo cultural da Bienal do Livro de Itabaiana tem nome e sobrenome. Afora o apoio do comércio local e da Editora Infographics, nas pessoas de Antônio, Honorino Júnior e Karina, ressalto, sobremaneira, dois sujeitos, cuja ação cultural é digna de nota. Refiro-me a Antônio Saracura e a Domingos Pascoal, verdadeiros arautos da cultura sergipana do tempo presente. É de encher os olhos e de renovar o ânimo, vê-los a frente dessa nau.
Em que pesem as considerações acima, estou convicto que nós, os papa-jacas temos muito a aprender com os ceboleiros. Há muito que se fazer ainda. E sugiro, por começar ver o mundo além do próprio umbigo. A amadurecer sua própria ideia de cultura, sepultada junto com o fantasma (no melhor sentido da palavra) de Sílvio Romero.